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Madeira

Francisco Gomes considera que "o Estado e a Europa não deixam os nossos pescadores trabalhar"

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O deputado eleito pelo Chega-Madeira à Assembleia da República considera que "o Estado e a Europa não deixam os nossos pescadores trabalhar, o que é inaceitável". Francisco Gomes foi um dos intervenientes numa audição na comissão de Agricultura e Pescas ao ministro da Agricultura e Pescas.

De acordo com nota à imprensa, o parlamentar confrontou o governante com alguns dos dados estatísticos das pescas regionais e exigiu ação da República no sentido de garantir maior dignidade para os pescadores, bem como o alargamento as quotas de pesca.  

Francisco Gomes deu conta de que alguns pescadores madeirenses acabaram a época de pesca com menos de mil euros no bolso para sustentar as suas famílias o ano inteiro. Além disso, apontou que houve armadores que nem conseguiram pagar a despesa de pôr o barco operacional e são agora confrontados com dívidas de dezenas de milhares de euros, sem ter como pagá-las.

Um dos principais problemas apontados pelo deputado é a ausência de quota, mais notada com os cortes na quota do atum patudo e do peixe-espada preto.

“Quem é que vai dar de comer a esta gente? Quem é que vai explicar aos pescadores porque é que a quota de patudo foi cortada em mais de 70%? Quem é que dá a cara pelas dezenas e dezenas de pescadores que estão no desemprego e pelos barcos parados, alguns dos quais já nem vão voltar ao mar?”, questionou Francisco Gomes,

O deputado quis saber se o ministro tinha 

um plano para as pescas regionais e exigiu soluções para a necessidade urgente de alargamento das quotas. O deputado madeirense frisou que a criação de um maior período de defeso não era solução, mas sim, e a seu ver, um insulto aos pescadores.

“Os pescadores não querem dinheiro para ficar em casa. Os pescadores querem é trabalhar porque o mar está cheio de peixe. A forma como andam a ser tratados é uma vergonha autêntica e tem de acabar já", terminou.