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Madeira

“É muito difícil surgir um novo partido” com o Autonomia 24

FOTO HÉLDER SANTOS/ASPRESS
FOTO HÉLDER SANTOS/ASPRESS

O Colégio dos Jesuítas foi o palco escolhido para o encontro do movimento Autonomia 24, movimento que foi fundado por 12 militantes socialistas e que tem como objectivo discutir o presente e o futuro da Madeira. Para muitos, este é um grupo de socialistas que está descontente com o rumo que está a ser trilhado pelo actual PS Madeira liderado por Paulo Cafôfo. Carlos Pereira, deputado socialista,  recusa essa ideia e garante que o movimento Autonomia 24 está acima de qualquer pessoa ou qualquer partido.

“O movimento Autonomia 24 é transversal aos partidos. É superior a qualquer partido. Todos podem apresentar ideias, apresentar soluções. Isto não é nada contra os partidos. É verdade que o maior partido da oposição na Madeira foi a eleições três vezes nos últimos tempos e nessas três eleições teve três resultados maus. São resultados que não permitem construir alternativas. Por outro lado, existem défices de lideranças nos partidos que não é apenas no PS. A actual liderança do PS Madeira tem-se esquivado à reflexão sobre os resultados. Aqui não existe qualquer luta entre Carlos Pereira e Paulo Cafôfo. Queremos é abrir o partido a novas ideias vindas de fora. Se pode surgir um novo partido? É muito difícil que isso aconteça. Este grupo não é um partido e não está preparado para ser partido nem isso está na mente dos seus constituintes.”

Para a ex-eurodeputada socialista Liliana Rodrigues, esta palestra do Autonomia 24 tem um propósito muito bem definido.

“Queremos, acima de tudo, fomentar o diálogo sobre a autonomia, fomentar o diálogo sobre o futuro da Madeira. A autonomia não é propriedade de nenhum partido. O que não me parece sensato é termos partidos a nível nacional a decidirem da vida da Madeira. Isso é que me faz confusão”, salientou uma das figuras mais conhecidas do PS Madeira.