"Há várias novas drogas na Madeira"
Laboratório de Polícia Científica na Madeira deu resposta a 200 pedidos de análise num ano
Um ano após ter sido inaugurado o Laboratório de Polícia Científica (LPC) na valência de drogas e toxicologia, o mesmo já conseguiu dar resposta a 200 pedidos de análise na Madeira.
As drogas mais analisadas foram a cannabis, cocaína e heroína (44%), sendo a cannabis em forma de resina a mais apreendida, e as drogas sintéticas, como 'gorby' e 'bloom' (34%). Contudo, a maior preocupação das autoridades são as novas drogas que têm surgido na Região.
Na apresentação dos resultados do LPC, Ricardo Tecedeiro, coordenador regional da Polícia Judiciária, revelou que ontem foram estabelecidos contactos na área da prevenção no seguimento dos objectivos que tinham sido traçados inicialmente.
Disse ainda que esta quinta-feira destruíram cerca de 50 kg de droga na Estação de Tratamento e Resíduos da Meia Serra.
O inspector mostrou bastante preocupação relativamente às drogas sintéticas que existem na Região, sublinhando que "é importante continuar a identificar novas substâncias e o mais rápido possível".
“Sabemos que há muita diversidade e que estão sempre a aparecer substâncias novas. Um dos objectivos é que as novas substâncias não estejam incluídas nas tabelas que prevê uma actuação mais pesada em termos criminais e poder fugir ao controlo das autoridades”, admitiu, explicando que a finalidade continua a ser “produzir um trabalho de qualidade que é o que se espera num exame pericial que vai ter um valor muito grande em termos de prova”.
Para isso, o LPC conta com um especialista de polícia científica a trabalhar em contínuo, com o apoio de outros peritos que se deslocam do continente à Madeira. Mas a intenção é que em breve haja um segundo elemento a trabalhar na área no laboratório da Região.
Já Maria João Caldeira, especialista de Polícia Científica, referiu que este ano receberam 249 pedidos de exame pericial dos quais 200 estão concluídos e 40 em fase de conclusão.
Falou ainda que foram detectadas sete substâncias novas a nível nacional, muitas vezes em misturas que não obedecem a nenhuma regra, e que "há várias novas drogas na Madeira".
No que toca à resposta pericial, esta nova valência permitiu uma maior rapidez na identificação de substâncias, procurando facilitar a separação entre a resposta do sistema criminal, a resposta do sistema contraordenacional e a resposta do sistema de saúde.
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