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Orçamento Regional Madeira

IL critica visão a curto prazo do Governo Regional em relação ao Orçamento da Região

Partido vai votar contra o documento.

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A Iniciativa Liberal considerou que o Orçamento da Região para 2024 apresenta várias falhas graves que precisam ser urgentemente corrigidas. Nuno Morna protagonizou, esta manhã, uma conferência de imprensa para abordar este documento, indicando ser preciso “um Governo que gaste menos do que aquilo que colecta”.

Questionado pelo jornalistas sobre o sentido de voto, afirma que o partido só pode votar contra este documento, "porque é um orçamento de base socialista, que mantém os princípios de 'subsidiarização' de tudo e mais alguma coisa [...], recusamos também o assistencialismo que está contido em quase todos os pontos e vírgulas deste orçamento".

Antes, a Iniciativa Liberal indicou que o enquadramento económico-social do Orçamento da Região mostra que há um crescimento do PIB que, apesar de à primeira vista parecer robusto, após avaliação mais minuciosa, fica claro que o crescimento é sustentado por “estímulos governamentais temporários e insustentáveis”.

“Injectar dinheiro na economia por parte do Governo é que faz com que o PIB aumente”, explicou Nuno Morna, indicando que esta “não é uma boa prática política a médio e longo prazo”.

Além disto, o partido criticou uma visão de curto prazo que não fomenta o ambiente de inovação e competitividade, “que cria uma falsa sensação de segurança”, como que “uma armadilha que pode deixar a nossa economia à mercê de novas crises”.

Nuno Morna ‘apontou o dedo’ ao Governo Regional por “despejar dinheiro em programas ineficazes que perpetuam a mediocridade”, referindo-se à necessidade de reformas no mercado do trabalho e incentivos à inovação privada.

Ainda sobre o desemprego, referiu que este apresenta uma taxa baixa que é mantida de forma “artificial”, através de programas temporários e subsidiados, como é o caso dos POT e estágios. “É uma receita para o desastre a longo prazo”, indicou.

Quanto à política orçamental, disse que reflecte falta de visão e de compromisso para com a sustentabilidade fiscal, não havendo plano para reduzir a dívida pública.

Nuno Morna continuou a apontar as questões que considera ser preocupantes para as futuras gerações, nomeadamente relativas a despesas orçamentais.