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Madeira

Apesar do bom resultado obtido pela Escola de Machico “comparar aquilo que é diferente nunca é bom”

Reacção de José Maria Dias, presidente Conselho Executivo da Escola Básica e Secundária de Machico, ao ranking nacional das escolas

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Apesar da satisfação pela posição honrosa que é o 2º lugar no ranking de escolas regionais com melhor média (228º lugar a nível nacional), José Maria Dias, presidente Conselho Executivo Escola Básica e Secundária de Machico também contesta a discriminatória inclusão das escolas privadas na mesma avaliação, ao concluir que “comparar aquilo que é diferente nunca é bom”.

Sobre a classificação a nível regional, considera que “este resultado traduz o trabalho que a escola tem desenvolvido nos últimos anos, com particular interesse sobre o resultado dos novos alunos. Temos obtido sempre bons lugares no ranking local e mesmo a nível nacional, onde estamos numa posição que é, acho, favorável. Mas isto traduz, de facto, o trabalho realizado pelos alunos em primeiro lugar, pelos professores em segundo lugar, e pela organização escolar, que tem dado prioridade, de facto, aos nossos alunos, que são a centralidade do nosso trabalho”, sublinha. Reforça que a classificação da ‘Secundária de Machico’ nos lugares cimeiros reflecte a qualidade do ensino que é ministrado. “De ano para ano temos verificado algum crescimento, apesar de não ser a primeira vez que ficamos em segundo lugar no ranking regional”, observa.

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Já quando questionado sobre a inclusão neste ranking da concorrência das escolas privadas, aí o tom é de desagrado por entender que “há uma desigualdade, apesar de não se verificar muito ao nível da região. O panorama do ensino privado na região é muito diferente do panorama do ensino privado a nível nacional. As regras são um pouco diferentes. Mas acho um erro se considerar escolas do privado ao nível das escolas públicas, porque as públicas não fazem selecção [dos alunos] na entrada, não excluem alunos que não têm o rendimento que a escola esperaria, enfim, e outros factores familiares que têm em conta. Estamos a falar de dois mundos diferentes, e portanto, comparar aquilo que é diferente nunca é bom”, ressalva.

Na opinião deste responsável escolar, “devia haver dois rankings: um para a escola pública, outro para o privado”.

Ainda assim, com escolas públicas e privadas metidas no mesmo ranking nacional, Machico, com média de 11,91, recuperou mais de meia centena de posições (o ano passado estava em 285º). Na Região, volta a alcançar aquele que havia sido o melhor resultado (2º lugar).

“Estamos muito satisfeitos e já dos anos anteriores, porque temos vindo a crescer, a consolidar a nossa posição no panorama da região. Acho que é uma posição honrosa para a nossa escola e para toda a região também, porque os resultados são bons”, conclui.

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