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Madeira

“Bom desempenho” da Escola Francisco Franco demonstra “homogeneidade consistente”

Reacção de António Pires, presidente do Conselho Executivo, ao ranking das escolas

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“Estamos satisfeitos. Aliás, o resultado deste ano está em linha com os resultados que a escola tem conseguido ao longo dos últimos anos”, começou por apontar António Nascimento Pires,

presidente do Conselho Executivo Escola Secundária Francisco Franco, em reacção à melhor posição a nível regional (131º do todo nacional), no que se refere à média dos exames de acesso ao ensino superior, com 12,48.

Para o dirigente escolar “a única coisa que nos entristece é sabermos que estes rankings, que tratam de uma grande diversidade de escolas e de contextos educativos, acabam por ser vistos de uma forma uniforme”. Explica a razão do desabafo: “É fácil de verificar que nos primeiros lugares de rankings estão os colégios privados, que são escolas com características muito próprias, muitos delas em contextos socioculturais e económicos muito específicos, com famílias com poder de compra muito específico, que depois acabam por ser comparadas com escolas como a nossa, por exemplo, que recebe toda a gente, onde o único critério que temos para receber os alunos é a área de residência, não é outro”, sublinha. Mas não apenas. “Somos uma escola pública com uma grande quantidade de alunos, somos a segunda escola do país com mais provas realizadas, 1.773 de acordo com o ranking do Expresso, que é aquele que nós usamos, porque é o jornal que utiliza todas as disciplinas”, explica. Também aqui chama a atenção para a disparidade de realidades que estão incluídas no mesmo ranking que define a posição das escolas. “Isso tem que ver com o tipo de disciplinas que é escolhido para depois fazer o ranking. Em termos muito concretos, a Francisco Franco tem vindo a ocupar um lugar bastante destacado no contexto regional e também nacional, porque se nós retirarmos deste ranking geral, se retirarmos as escolas privadas e depois também outras escolas que são com realidades muito diferentes, as escolas que têm menos 100 provas, porque uma escola que tem menos 100 provas é uma escola que tem 2 turmas para fazer exames, isso é um número muito residual comparando com escolas como a nossa, com uma missão imensa, pelo que torna ainda mais evidente que são comparações um bocado difíceis de aceitar”, justifica. Ainda assim regista que “se nós retirarmos deste ranking as escolas privadas e escolas com menos 100 provas, a Francisco Franco ficava no número 60 a nível nacional, que é um lugar fantástico”, refere.

“Com as escolas privadas e com as escolas com menos de 100 provas, vamos para a 131ª posição, por aí”. Ainda assim considera que mesmo em termos globais “a escola teve um bom desempenho. É um resultado que temos vindo a conseguir há alguns anos de uma forma consistente, não há muitas variações no nosso trabalho, apesar de os alunos serem diferentes, o trabalho que temos vindo a fazer acaba por ter uma homogeneidade consistente, e isso é uma coisa que também nos satisfaz, porque no fundo são resultados conseguidos com o trabalho dos nossos professores, com os nossos alunos, com o apoio dos pais, isso é bom”, concretizou.

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Marianna Pacifico , 12 Julho 2024 - 08:49