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Madeira

Francisco Gomes lança críticas às políticas de imigração

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O deputado Chega-Madeira eleito à Assembleia da República lança duras críticas às políticas de imigração praticadas a nível nacional e aponta que as consequências das mesmas estão já a chegar à Região. Francisco Gomes afirma que o actual governo da República não está a olhar para a questão dos imigrantes com a seriedade que a mesma exige e a Madeira não ficará isenta das consequências que já são visíveis em muitas cidades do continente.

Para o parlamentar, é urgente que o Governo da República implemente uma reforma significativa das leis de imigração, que regularize a situação dos imigrantes ilegais no país e garanta o fortalecimento das fronteiras. Para Francisco Gomes, só assim é que o governo conseguirá assegurar que Portugal não se transforma num viveiro de impunidade e criminalidade, que apenas beneficia quem vive à margem da lei, o tráfico de seres humanos e a imigração ilegal.

Portugal tem o dever de acolher bem, mas acolher com regra e controle. A política de portas abertas está a gerar o caos em muitas cidades, instabilidade social, aumento da precaridade e a sensação generalizada de que este país é cada vez menos nosso e cada vez mais um poço terceiro-mundista, com o qual não nos identificamos. Francisco Gomes

O deputado critica a reforma anunciada pelo governo de Luís Montenegro para a imigração, dizendo que a mesma é um esforço mal conseguido de copiar algumas das propostas do Chega, mas que continua a ficar muito aquém das reais necessidades do país. "“Não basta o PSD ir a reboque do Chega. É preciso que saiba copiar bem. Quando copiou as nossas ideias, o PSD deixou de fora três aspectos fundamentais, que são repatriar imigrantes criminosos, criar quotas para a imigração que sejam ajustadas às necessidades da economia e determinar que os imigrantes só terão direitos a subsídios após cinco anos de contribuições", considera.

O parlamentar considera que o actual governo demonstra impreparação também nesta pasta. "Isto acarta consequências para todos e é ingénuo pensar que a Madeira está protegida do que se está a passar no resto do país. Pelo contrário, a Madeira é a próxima peça do dominó, e, caso a República não trave, de vez, a entrada descontrolada de estrangeiros, as condições sociais que hoje existem na Região irão mudar rapidamente e para pior. Não tenhamos dúvidas!", diz.

A concluir, o deputado madeirense reforçou a sua crítica quanto ao que vê como o facilitismo que está instaurado no acesso ao país, às autorizações de residência e à nacionalidade, dizendo que tal situação é desprestigiante para Portugal.

“O debate sobre a imigração é sério e é com seriedade e empenho que temos de defender a alma que é nossa e a terra que é nossa. Vergonhosamente, ainda há quem acredite que podemos vender a nossa nacionalidade como se fosse um produto de supermercado e não um título que se conquista com amor à pátria", termina.