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Madeira

Projecto hoteleiro era projectado para a Marina do Lugar de Baixo há 16 anos

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A 10 de Julho de 2008 o DIÁRIO noticiava o investimento do Grupo Pestana no valor de 100 milhões de euros na Marina do Lugar de Baixo. 

O tema que fez a manchete do DIÁRIO de há 16 anos destacava o investimento o "projecto imobiliário de luxo" do "maior grupo hoteleiro português", que previa a construção de um hotel e de 300 apartamentos. O projecto constituía uma subconcessão das infra-estruturas em 74%, sendo que os restantes 26% mantinham-se a cargo da Sociedade de Desenvolvimento Ponta do Oeste, que ficaria a cargo dos espaços públicos, nomeadamente da marina com 100 lugares, praia de areia, restaurantes e piscinas. 

A reportagem da autoria do jornalista Miguel Torres Cunha sublinhava que a compra da Marina do Lugar de Baixo viria a resolver a "maior dor de cabeça política de Cunha e Silva". 

"É uma compra surpreendente. Num dos maiores investimentos a realizar pelo Grupo Pestana na Madeira, Dionísio Pestana vai avançar para a compra da Marina do Lugar de Baixo, de modo a desenvolver um projecto de acordo com a mais recente referência de negócio do grupo, a imobiliária de luxo desenvolvida apartir do Pestana Residence", pode ler-se nas páginas 20 e 21 do matutino centenário. 

Não existe um projecto final, mas se tivermos em conta o estudo prévio desenvolvido pela Sociedade de Desenvolvimento Ponta Oeste é dado como certa a construção de um hotel com100/120camas,bem como 250/300 apartamentos de luxo. Toda a imobiliária de luxo será desenvolvida na zona a seco da marina, estando já definido que será edificada abaixo da estrada. Novidade é o redimensionamento que será feito na marina, que vai deixar de ter os 400 lugares com que foi projectada, passando a oferecer apenas100. DIÁRIO

Confira a reportagem na íntegra:

A infra-estrutura esteve em funcionamento durante escassos dias até que fortes ondulações provocaram profundos estragos na estrutura, obrigando o Governo Regional a avançar com uma requalificação. As ondas não deram tréguas e por diversas vezes fustigaram a Marina do Lugar de Baixo, enquanto o executivo de Alberto João Jardim insistia em reconstruir o empreendimento.

O projecto inicial da Marina do Lugar de Baixo compreendia uma frente costeira com aproximadamente 700 metros de extensão, um estacionamento para cerca de 300 embarcações, zona balnear com piscinas, acessos ao mar, solários, bem como balneários e zona de serviços com espaços comerciais, restaurantes, escritórios e estacionamento.

Na prática, a Marina do Lugar de Baixo está inoperacional por falta de segurança desde que foi construída. Além da forte ondulação, a persistente queda de pedregulhos da escarpa sobranceira, conhecida como zona das Quebradas, também danificaram a estrutura.