As pessoas são só números
O quadro, apresentado pelo SNS, do tempo médio de espera para o atendimento, nas urgências gerais, nos hospitais, conforme a cor da pulseira
que é atribuído, é uma realidade e que não corresponde aos números apresentados, naquele quadro. Toda a informação ali prestada, é uma autêntica mentira. Recorro especialmente ao Hospital Beatriz Ângelo, Loures. A sala de espera, é um “mar” de gente, onde se acumulam, gente desesperada onde, as horas passam e o atendimento, é a passos de caracol. Entretanto, pelos corredores, veem-se, as batas, a passearem, como nada fosse, da responsabilidade daqueles funcionários, incluindo, médicos, enfermeiros, etc. O tratamento que os pacientes, doentes ou clientes recebem deste “pessoal”, é de enorme, in deferência, arrogância e mal-estar. O sistema está assim implementado, os dados estão viciados, vamos e temos de continuar a viver, neste cenário, do desespero, e de uma pressão, que ainda ficamos mais doentes, ainda piores, quando lá entramos. E não há ninguém que consiga dar a volta para melhorar este caos.
No que diz respeito às urgências nos hospitais públicos, em especial no Hospital Beatriz Ângelo-Loures, hospital, que infelizmente conheço bem, pois, ainda esta semana, passei por lá cerca de nove horas, mesmo tendo-me sido atribuída a pulseira amarela.
Mário da Silva Jesus