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Rússia assume presidência do Conselho de Segurança das Nações Unidas

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A Rússia assumiu hoje por um mês a presidência rotativa do Conselho de Segurança das Nações Unidas, de que é membro permanente, e afirmou-se comprometida com as suas obrigações.

O país tem uma "posição responsável", comentou o porta-voz do Kremlin (presidência), Dmitri Peskov, sobre a presidência russa do Conselho de Segurança da ONU, citado pela agência espanhola Europa Press.

Peskov apelou aos outros países para "fazerem o mesmo", sem especificar.

A Rússia, que está em guerra com a Ucrânia desde que invadiu o país vizinho em fevereiro de 2022, sucede à Coreia do Sul na liderança rotativa do Conselho de Segurança da ONU e será substituída em agosto pela Serra Leoa.

Segundo a Carta das Nações Unidas, o Conselho de Segurança é o principal responsável pela manutenção da paz e segurança internacionais.

O Conselho de Segurança tem 15 membros, dos quais cinco são permanentes e têm o direito de vetar qualquer decisão.

A Rússia tem usado esse direito para impedir a aprovação de resoluções sobre a guerra contra a Ucrânia.

Além da Rússia, são membros permanentes do Conselho de Segurança os Estados Unidos, o Reino Unido, a França e a República Popular da China.

Argélia, Coreia do Sul, Eslovénia, Equador, Guiana, Japão, Malta, Moçambique, Serra Leoa e Suíça são os atuais membros não permanentes, eleitos pela Assembleia-Geral da ONU para mandatos de dois anos.

A Rússia presidirá já hoje à primeira reunião do seu mandato, que aprovará o programa de trabalho do Conselho de Segurança para julho, segundo a agência noticiosa russa TASS.

O representante permanente da Rússia, Vasily Nebenzya, dará depois uma conferência de imprensa e, em seguida, realizará um 'briefing' à porta fechada para os Estados-membros da Assembleia-Geral, ainda de acordo com a agência russa.

Nebenzya disse anteriormente que vai levar ao Conselho de Segurança da ONU o tema do ataque da Ucrânia a infraestruturas civis de Sebastopol com mísseis táticos ATACMS norte-americanos equipados com ogivas de fragmentação.

"Os principais acontecimentos da presidência russa deverão ter lugar em meados do mês e serão dedicados à construção de uma ordem mundial mais justa, democrática e sustentável", referiu a TASS.

Segundo a mesma fonte, também faz parte do programa "uma solução para o Médio Oriente", bem como a cooperação entre a ONU e organizações internacionais de que a Rússia faz parte.

Trata-se da Organização do Tratado de Segurança Coletiva (CSTO, na sigla em inglês), que integra também Arménia, Cazaquistão, Quirguistão, Tajiquistão e Uzbequistão.

As outras são a Comunidade de Estados Independentes (CEI), formada por 11 países que integraram a União Soviética, e a Organização de Cooperação de Xangai, que reúne Cazaquistão, China, Índia, Irão, Paquistão, Quirguistão, Rússia, Tajiquistão e Uzbequistão.