DNOTICIAS.PT
Dia da Região Madeira

“É a primeira vez em 48 anos de Autonomia que no Dia da Região se respira a verdadeira essência da democracia”

None

Na celebração deste Dia da Região, para o JPP “é a primeira vez em 48 anos de Autonomia que no Dia da Região se respira a verdadeira essência da democracia” conclui Élvio Sousa, o líder parlamentar, ao concluir que “o parlamentarismo nunca foi tão importante, tão respeitado e tão decisivo”.

No entanto “com os acontecimentos pós-eleições de 26 de Maio há uma característica que infelizmente prevalece: a falta de humildade. Sobretudo do principal interessado, o PSD, em ouvir, e deixar de medir, à régua, aquilo que pode dar, para continuar a pesar aquilo que deseja ter em troca. Uma balança de interesses!”, acusou.

Depois de dar nota de “48 anos habituados a governar com maioria absoluta, e a seu bel-prazer, ora com ‘barrigas de aluguer’ - que deixaram perder a sua identidade - continuam, infelizmente, num registo caracterizado pelo ‘mercado do insulto e dos impropérios verbais’”, apontou, para denunciar que “persiste, ainda, a cultura da arrogância e da sobranceria, do desrespeito pela diferença, do mercantilismo de interesses materiais e de chefia; da marginalização da diferença, da discriminação do pluralismo, da ameaça e da difamação gratuitas”, disse.

Para Élvio Sousa “a grande prova desse comportamento confirmou-se recentemente pelas palavras insultuosas do senhor Secretário Regional da Saúde, Pedro Ramos, e enquanto decorriam conversações e tentativas de entendimento do seu partido com os demais.

Chamar os madeirenses, que não confiaram no seu partido e os mais de 60% de eleitores que escolheram outras forças políticas de ‘anormais, incompetentes e canalhas, que não tem lugar nesta terra’ – citou - é a prova de que dos genes da ‘tirania da palavra’ ainda residem nos entulhos das ideologias cegas”, criticou.

Para o JPP “não vivemos dias de crise, por ‘castigo divino’. A crise começa e reside neste governo, que foi indigitado à pressa e com base numa pretensa mentira, e atente-se: sem um único documento escrito de garantia e de compromisso de terceiros. Essa é a verdade!”, acusou. “Quem diz que foi enganado, deve, sem qualquer rodeio, dizer toda a verdade para não configurar para a História Contemporânea como uma pesada ‘representação da mentira’.

Aparentemente todos dormem tranquilos e serenos, guardando debaixo da almofada os ‘punhais’ de uma falsidade que incendeia a estabilidade política”, atirou.

Aproveitou a Sessão Solene para reafirmar que “a crise começa porque existem suspeitas de corrupção, e que apesar dos avisos, dos conselhos instruídos e responsáveis do JPP, mandaram retirar deste Parlamento, em Fevereiro a proposta de Orçamento. Fizeram-no de forma consciente, pensando nas suas jogadas políticas, no seu umbigo partidário, e não no interesse geral da Autonomia e dos madeirenses. Um acto irresponsável e antidemocrático que deve ser imputado, com toda a frontalidade, ao presidente do Governo e parceiro de coligação. Esta é a verdade, sem rodeios, e olhos nos olhos. Uma acção deliberadamente pensada e que acabou por prejudicar irremediavelmente empresas e famílias”, afirmou.

Concluiu que “agora, conscientes desse ‘pecado” da soberba’, tentam lançar a política do medo, do pânico e do caos…e pela falta do mesmo Orçamento que recusaram aprovar em Fevereiro. Não podemos branquear, ou pactuar com uma narrativa falsa replicada pelos canais da subsidiodependência”, concretizou.