“Não confundamos autonomia com autodeterminação”
Nuno Morna, deputado único da IL na Sessão Solene do Dia da Região e das Comunidades Madeirenses
Nuno Morna, deputado da Iniciativa Liberal (IL) aproveitou os cinco minutos ‘de antena’ para falar de autonomia e apelas ao entendimento entre Região e República.
“Não confundamos autonomia com autodeterminação”, começou por declarar. “Não se trata de romper amarras, mas de fortalece-las em liberdade, reconhecendo a sabedoria da descentralização e da subsidiariedade”#, acrescentou, para logo adiantar que “a autonomia não questiona a soberania, mas engrandece-a, pois, é modelo que alimenta a nossa cultura, a nossa economia, a nossa vida social e política, assegurando que a Madeira floresça de maneira sustentável e auto-suficiente, sempre imersa na portugalidade, da qual a madeiridade é uma jóia indissociável”.
O deputado único da IL apontou depois que “desde 1976, navegamos pelas águas tumultuosas do ‘contencioso da autonomia’, um mar revolto que tantas vezes nos trouxe perdas e ineficiências. Urge transformar este clima de tempestade numa brisa de consenso e cooperação. A autonomia deve ser vista não apenas como um sonho regional, mas como um desígnio nacional, onde todos os portugueses compreendam e apoiem o nosso caminho para a prosperidade”, defendeu.
Sustentou que “o estado centralizador deve ser desafiado de forma construtiva, para evitar tempestades desnecessárias e focar-se no que verdadeiramente importa: o desenvolvimento e bem-estar da Madeira” ao concluir que “muitos, em Portugal, desconhecem a verdadeira natureza das autonomias insulares, vendo-as como sumidouros de recursos, quando na realidade, a autonomia pode ser um modelo de eficiência e auto-suficiência, beneficiando não só a Madeira, mas todo o país”.
Para Nuno Morna “a autonomia, para ser verdadeira e eficaz, deve cortar dependências e diversificar as fotos de receita. Não podemos permitir que a monocultura do turismo seja a nossa única e maior fonte de rendimentos. É urgente avançar para a criação de um sistema fiscal regional, com fiscalidade reduzida, como factor de atracção e que ajude a promover a pujança das empresas locais, promovendo um ambiente fiscal favorável ao crescimento económico”, concretizou.