PAN admite derrota e diz que mandato já tinha sido perdido em 2020
O cabeça de lista do PAN às eleições europeias, Pedro Fidalgo Marques, admitiu hoje a derrota nas eleições para Parlamento Europeu, afirmando que o partido já tinha perdido o seu mandato em 2020, depois da renúncia de Francisco Guerreiro.
"O nosso mandato foi perdido em 2020 e o objetivo de o resgatar era um objetivo difícil, mas nós nunca voltamos as costas a objetivos e a tarefas difíceis, porque quem ficaria a perder e quem ficou a perder foram as causas que o PAN representa", salientou Pedro Fidalgo Marques.
O partido Pessoas-Animais-Natureza não conseguiu eleger um eurodeputado, tendo ficado atrás do ADN, que obteve 54.046 votos.
Pelas 00:15, o PAN tinha 47.959 votos (1,22 %), segundo os dados da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (SIGMAI), menos 120.397 votos do que no ato eleitoral de 2019.
Nascido em Oeiras, Pedro Fidalgo Marques, 37 anos, é um empreendedor social e cultural, licenciado em Dança e pós-graduado em Ciência Política, e frequenta o doutoramento em Dança na Faculdade de Motricidade Humana, da Universidade de Lisboa.
É membro da comissão política nacional do PAN e vogal da mesa do órgão máximo de direção política entre congressos do partido.
Antes desta candidatura ao Parlamento Europeu, Fidalgo Marques foi já o número três do PAN no círculo eleitoral de Lisboa nas legislativas de março e foi eleito para a assembleia de freguesia da União de Freguesias de Oeiras e São Julião da Barra, Paço de Arcos e Caxias, em 2017.
Em 2019, Francisco Guerreiro foi o cabeça de lista do PAN e único eleito desta força política nas europeias, as primeiras em que o partido obteve representação em Bruxelas (com cerca de 5% dos votos).
No ano seguinte, o eurodeputado anunciou a sua saída do PAN por "divergências políticas" com a direção do partido, mantendo-se no Parlamento Europeu como independente.