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Vira o disco e toca o mesmo!

Na passada quinta-feira, dia 6 de junho, tomou posse o XV Governo Regional da Madeira, liderado pelo PSD, um partido que tem vindo a (des)governar a nossa Região há 48 anos.

Um Governo Regional liderado por um PSD que está a enfraquecer dia a dia! Basta ver o que tem vindo a acontecer desde 2015 quando Miguel Albuquerque tomou posse pela primeira vez como presidente do Governo Regional. O descalabro que foi na Saúde com o aumento das listas de espera para cirurgia, consultas e exames; com a taxa de risco de pobreza mais alta do País; com os problemas da habitação e com a carga de impostos e a recusa constante em baixar o IVA - para não perder receita e poder aplicar esses dinheiros dos contribuintes para pagar as centenas de nomeações (amigos) num governo despesista.

Um Governo que não olha a meios para atingir os seus objetivos: manter-se no poder a todo o custo! E para tal não existem linhas vermelhas! Sem maioria absoluta desde 2019, temos um PSD que tem vindo a “engolir” partidos que estão disponíveis para o apoiar em troca de dividendos (leia-se tachos/cargos e nomeações). E assim se forma Governo!

Um Governo que foi apresentado por Miguel Albuquerque ao Representante da República como sendo “estável e de maioria”, com mais de 24 deputados na Assembleia Legislativa Regional. Afinal, não é verdade e apenas estão garantidos uma minoria com 21 deputados (19 do PSD e 2 do CDS). Veja-se o que aconteceu na eleição para o presidente da Assembleia Legislativa Regional. Só à terceira é que os “partidos amigos” se entenderam para eleger José Manuel Rodrigues. A “bengala partidária” continua para manter os mesmos no poder, depois de passarem a campanha eleitoral a dizer que nunca seriam bengala do Governo PSD. Afinal, era a “brincar aos políticos” e é tudo mentira!

Temos um Governo Regional, do qual faz parte um Secretário Regional da Saúde que apelidou os mais de 80 mil madeirenses e porto-santenses que não votaram no PSD, de “anormais, incompetentes e canalhas” e considerou que estes “não têm lugar nesta terra”. Em vez de integrar o Governo, deveria, com educação e hombridade, pedir desculpas e “sair de cena”. Não o fez!

Um Governo Regional que se mantém no poder para defender interesses instalados e interesses pessoais. Exemplo é a novela à volta do nome proposto pelo PSD para presidente da Assembleia Legislativa Regional. Desde 2019 que cede o cargo ao quase extinto CDS, em troca do apoio para o PSD se manter no poder!

Sendo este um Governo Regional de minoria, devem os partidos que compõem a maioria no Parlamento Regional apresentar as suas propostas e espera-se que as mesmas sejam aprovadas, para obrigar Miguel Albuquerque a governar com as propostas dos partidos da oposição. A começar pelo Orçamento Regional!