Reclusos de cadeias venezuelanas fazem greve de fome contra negligência
Os reclusos de várias cadeias venezuelanas iniciaram uma greve de fome "contra a negligência" dentro das instalações e atrasos nos procedimentos, anunciou hoje a organização não governamental Observatório Venezuelano de Prisões (OVP).
Através da rede social X, a ONG, que defende os direitos dos reclusos, publicou vários vídeos que mostram dezenas de prisioneiros, homens e mulheres, a cantar o hino nacional venezuelano dentro das prisões.
"Presos de todo o território nacional anunciaram que a partir de hoje vão aderir a uma greve de fome pacífica para exigir a atualização atempada das suas sentenças, concessão de medidas humanitárias, transferências para as prisões de origem, entre outros pedidos", disse a organização.
O OVP partilhou imagens do protesto no Centro Penitenciário de Coro, no estado de Falcón, no noroeste do país, e no Instituto Nacional de Orientação Feminina (INOF), a principal prisão de mulheres do país, localizada nos arredores de Caracas.
Até à data, o ministério responsável por estas questões não forneceu qualquer informação sobre o assunto.
No sábado, a ministra dos Serviços Penitenciários, Celsa Bautista, comunicou - na mesma rede social - a celebração de uma jornada desportiva "em todos os centros penitenciários do país".
Em meados de maio, várias autoridades ligadas ao sistema de judicial acordaram um roteiro para corrigir os atrasos processuais, um problema que, segundo várias ONG, afeta milhares de reclusos no país.