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Tânger-Correia antecipa que participação será "menor do que nas legislativas"

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FOTO ESTELA SILVA/LUSA

O cabeça de lista do Chega às europeias previu hoje que a participação nestas eleições "será menor do que nas legislativas" e considerou que a campanha foi pouco esclarecedora, pedindo que o seu formato seja alterado.

Em declarações aos jornalistas após ter votado na Escola Básica de Mucifal, no concelho de Sintra, António Tânger-Correia disse ter "as melhores expectativas" para estas eleições, esperando que os portugueses "tenham reagido bem à mensagem" do Chega.

"Penso que a participação será menor do que nas legislativas, o que é uma pena, porque acho que os portugueses deviam dar mais importância às europeias, pela importância que a Europa tem para Portugal", disse.

O cabeça de lista do Chega referiu que é importante que os portugueses se desloquem hoje às urnas "porque 80% da legislação nacional vem de Bruxelas" e o seu futuro "passa muito por Bruxelas".

O candidato referiu que o sistema voto em mobilidade, com a desmaterialização dos cadernos eleitorais, está a "funcionar muito bem", o que considerou "muito positivo" porque "dá muito maior liberdade às pessoas", que podem votar em qualquer ponto do território nacional.

"Perguntei à presidente da mesa se as coisas estavam a correr bem, e ela disse-me que estava a correr tudo muito bem, que o sistema estava a funcionar em pleno, e eu acho isto um excelente passo em frente na nossa democracia e na maneira como votamos", disse.

Já questionado se considera que a campanha eleitoral foi esclarecedora para os portugueses, Tânger-Correia respondeu: "Podia ter sido mais esclarecedora, por parte de toda a gente".

"Acho que o formato das campanhas hoje em dia é um formato que, na minha opinião, está um bocado gasto, ultrapassado e nós temos de, em conjunto - porque isto não é só para um partido ou para outro - temos de analisar bem esta vertente e tentar arranjar umas campanhas que sejam mais próximas das pessoas e que as pessoas sejam mais bem informadas", disse.

O cabeça de lista do Chega disse que vai passar o resto do dia com a família, antes de ir para um hotel lisboeta onde vai decorrer a noite eleitoral do partido.

Mais de 10,8 milhões de eleitores recenseados no território nacional e no estrangeiro são hoje chamados às urnas para escolher 21 dos 720 eurodeputados do Parlamento Europeu.

Pela primeira vez, é possível votar sem ser na mesa de voto habitual, bastando apresentar um documento de identificação oficial com fotografia atualizada junto de qualquer assembleia de voto.

A estas eleições, para as quais se inscreveram para votar antecipadamente no passado domingo mais de 252.000 eleitores, concorrem em Portugal 17 partidos e coligações.

Em 2019, nas anteriores eleições europeias, Portugal registou a pior taxa de abstenção (68,6%) desde que pertence à União Europeia, em contraciclo com a participação na Europa - cerca de 50%.