As eleições europeias são uma oportunidade crucial para que cada cidadão contribua ativamente na definição do rumo que a União Europeia deve tomar. A elevada abstenção, como a verificada em Portugal em 2019, enfraquece a representatividade e mina a legitimidade das decisões tomadas em Bruxelas.

Os eurodeputados portugueses (principalmente os que acreditam no projeto europeu na sua essência) têm o dever de assegurar que a voz de Portugal seja ouvida e respeitada na construção das políticas europeias. Eles não só defendem os interesses nacionais, mas também participam na definição de políticas que afetam toda a Europa. Desde a proteção ambiental até à regulação tecnológica, passando pelos direitos humanos e a segurança, cada voto influencia as diretrizes que moldam o nosso futuro coletivo.

A participação nas eleições europeias também é uma oportunidade para reafirmar o compromisso de Portugal com os princípios democráticos e a cooperação internacional. Numa época marcada por desafios globais, como as alterações climáticas, a crise migratória e a instabilidade económica, uma União Europeia forte e unida é mais necessária do que nunca. Só através da solidariedade e da colaboração podemos encontrar soluções eficazes e justas para os problemas que transcendem as fronteiras nacionais.

Além disso, as eleições europeias permitem que os cidadãos avaliem e influenciem o desempenho dos seus representantes. Os eurodeputados devem ser responsabilizados pelas suas ações e decisões e a participação eleitoral é um mecanismo essencial para garantir que eles permaneçam alinhados com os interesses e aspirações dos eleitores.

O envolvimento cívico nas eleições europeias também tem um impacto direto na vida quotidiana dos cidadãos. A União Europeia precisa, hoje, de políticas que promovam o crescimento económico, melhorem a qualidade de vida, e proporcionem oportunidades educacionais e profissionais. O financiamento para projetos de desenvolvimento regional, programas de mobilidade como o Erasmus+, e iniciativas para a criação de emprego são exemplos concretos de como a União Europeia pode beneficiar Portugal.

Portanto, votar nas eleições europeias é mais do que um direito - é um dever cívico que reforça a democracia e contribui para a construção de um futuro melhor. Cada voto conta e cada voz é crucial na grande sinfonia que é a União Europeia. Com a participação ativa de todos, podemos assegurar que esta sinfonia ressoe com harmonia, justiça e progresso para todos os cidadãos europeus. E claro que precisamos que os deputados portugueses possam FAZER A DIFERENÇA!

José Augusto de Sousa Martins