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Madeira

PS acusa Governo Regional de pôr em risco a saúde dos madeirenses

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“É inadmissível que, quase um ano depois, haja madeirenses que continuem sem acesso a determinados cuidados de saúde e exames, devido ao ataque informático no Serviço Regional de Saúde, que continua sem a necessária explicação cabal por parte da tutela”. Quem o afirma é a secretária-geral do PS-Madeira, Marta Freitas ,em reação à notícia hoje avançada pelo Diário de Notícias da Madeira, que dá conta que há exames que continuam a não ser realizados desde o ataque informático.

“Há exames que não se fazem desde o ataque informático”

 Bom dia. Fique a conhecer os principais temas que marcam o seu DIÁRIO de hoje, 8 de Junho de 2024.

Em comunicado remetido ao início desta tarde às redacções, a socialista recorda que o ciberataque ocorreu no início de Agosto do ano passado, "causando enormes constrangimentos e cancelamentos de consultas, cirurgias e exames e pondo em causa os dados pessoais de milhares de madeirenses", e aponta baterias ao Governo Regional por “'vender' este como se fosse o melhor serviço de saúde do mundo, quando as falhas e as lacunas são por demais evidentes e graves, com consequências para a vida dos utentes".

Marta Freitas argumenta que "o ciberataque serviu de justificação para o Governo Regional, uma vez mais, adiar a implementação dos tempos máximos de resposta garantidos", promessa esta que, conforme lembrou, vem "desde o primeiro executivo liderado por Miguel Albuquerque, que elegeu a redução das listas de espera como a sua principal prioridade".

“A verdade é que, passado todo este tempo, as listas de espera não só não foram reduzidas, como praticamente duplicaram, com a agravante de, pelo meio, o Governo ter operado um apagão deliberado de várias especialidades clínicas, para mascarar o problema”, denuncia a secretária-geral do PS-Madeira, vincando que, "à conta disso, os problemas de saúde das pessoas foram-se avolumando".

Como sublinha Marta Freitas, "enquanto que no continente foram definidos os tempos máximos de resposta garantidos há anos, na Região o Governo Regional opta por relevar o 'pioneirismo', quando não é capaz de acautelar aquele que é um direito fundamental de todos os madeirenses e porto-santenses, a Saúde".

“Afinal, o nosso serviço de saúde não está assim tão bem, nem se recomenda”, refere a socialista, acentuando "a gravidade de haver exames que continuam a não ser feitos numa área tão importante e urgente como é a cardiologia". Marta Freitas realça que "sem os recursos humanos adequados e sem os exames necessários, não é possível fazer o melhor diagnóstico e dar a melhor resposta aos problemas dos utentes".

A dirigente socialista condena ainda a "opacidade em torno das listas de espera na saúde" e acusa o executivo de "inércia no que diz respeito a dar as condições adequadas aos profissionais de saúde para poderem solucionar os problemas das pessoas".

Marta Freitas não deixa também de lançar severas críticas ao secretário regional da Saúde, por ser "incapaz de garantir o acesso universal de todos os madeirenses aos serviços de saúde", mas "fazer 'arranjinhos' e 'meter cunhas' para alguns, apenas para satisfazer interesses partidários".