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Pesca e aquacultura com recorde de 223,2 milhões de toneladas em 2022

FOTO DR
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A produção global da pesca e aquacultura atingiu um recorde de 223,2 milhões de toneladas em 2022, o que representa um crescimento de 4,4% desde 2020, segundo um relatório da FAO hoje divulgado.

"A produção total da pesca e da aquacultura atingiu um recorde histórico de 223,2 milhões de toneladas em 2022", indicou o relatório "O Estado Mundial da Pesca e da Aquicultura -- A Transformação Azul em Ação 2024" da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO).

Neste valor incluem-se 185,4 milhões de toneladas de animais aquáticos e 37,8 milhões de toneladas de algas.

Segundo esta análise, 62% dos recursos aquáticos animais foram capturados em áreas marinhas e 38% em águas interiores.

Destacam-se os países asiáticos, que foram responsáveis por 70% da produção de animais aquáticos.

Seguem-se os países da Europa (9%) e da América Latina e Caraíbas(9%), África (7%), América do Norte (3%) e Oceânia (1%).

A China mantém-se no pódio (36%), seguida pela Índia (8%), Indonésia (7%), Vietname (5%) e Peru (3%).

A produção aquícola também atingiu um recorde de 130,9 milhões de toneladas em 2022, o que corresponde a cerca de 313.000 milhões de dólares (288.000 milhões de euros).

A produção inclui 94,4 milhões de toneladas de animais aquáticos e 36,5 milhões de toneladas de algas.

Volta a destacar-se a Ásia, com um peso de 91,4% do total geral, seguida pela América Latina e Caraíbas (3,3%), a Europa (2,7%), África (1,9%), América do Norte (0,5%) e Oceânia (0,2%).

China, Indonésia, Índia, Vietname, Bangladesh, Filipinas, República da Coreia, Noruega, Egito e Chile produziram 89,8% do total.

Já no que diz respeito apenas à pesca, contabilizou-se, no ano em análise, 91 milhões de toneladas de animais e 1,3 milhões de toneladas de algas.

A China liderou as pescas (14,3%), seguida pela Indonésia (8%), Índia (6%), Peru (5,8%), Federação Russa (5,4%), EUA (4,6%), Vietname (3,9%) e Japão (3,2%).

A captura marinha (43%) continua a ser a principal fonte de animais aquáticos globais.

"Cerca de 85% da produção marinha diz respeito a peixes ósseos, principalmente anchova (4,9 milhões de toneladas), escamudo Alasca (3,4 milhões de toneladas) e atum 'skipjack' (3,1 milhões de toneladas)", detalhou.

As capturas de espécies valiosas continuam a aumentar, com 8,3 toneladas de atum e espécies afins, 3,9 milhões de toneladas de cefalópodes e 3,3 milhões de toneladas de camarões e lagostas.

A FAO perspetivou um aumento da pesca, aquicultura e do respetivo comércio até 2032, embora com taxas de crescimento mais lentas.

A produção mundial de animais aquáticos deverá atingir 205 milhões de toneladas em 2032, sendo 111 milhões de toneladas da aquacultura e 94 milhões de toneladas da pesca, com um crescimento, respetivo, de 17% e 3%.

O consumo aparente de animais aquáticos vai progredir 12%, dando resposta a um consumo 'per capita' de 21,3 quilogramas em 2032.

As exportações também vão aumentar, mas vão representar 34% da produção total em 2032, abaixo dos 38% de 2022.

Os preços devem continuar a "cair ligeiramente" até 2025-2027, antes de uma nova subida.