Eleição de José Manuel Rodrigues foi "uma peça de teatro de quinta categoria com actores rascas"
O líder da Iniciativa Liberal, Nuno Morna, denunciou, esta manhã, os acontecimentos que antecederam a eleição do presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, considerando que foram uma "peça de teatro de quinta categoria com actores rascas".
Fazendo a cronologia de todos os acontecimentos, Nuno Morna "na quarta-feira andou a circular nas redes sociais um documento assinado por três deputados do Chega a empossar a candidatura de José Manuel Rodrigues. A nossa primeira impressão era de que o documento era forjado, não acreditávamos que fosse verdade. Entretanto, Miguel Castro, líder regional do Chega, veio afirmar de modo muito indignado que o documento era falso", começa por dizer, acrescentando que mais tarde, a Iniciativa Liberal, que ainda não tinha decidido o seu sentido de voto, "conseguiu confirmar que o documento afinal era verdadeiro e Miguel Castro era um dos que tinha assinado a declaração", sublinha.
Chegados ao ontem dia da eleição da mesa, tivemos a oportunidade de assistir a uma peça de teatro de quinta categoria com atores rascas. Numa primeira votação, o Chega vota branco, não viabilizando a eleição de José Manuel Rodrigues. Na segunda vez, faz um 50-50, com metade dos deputados do Chega a votar a favor e outra metade em branco. Mas, conforme determina o regimento e porque não havia uma maioria absoluta qualificada de 24 votos, os trabalhos são suspensos a pedido da Iniciativa Liberal, para permitir que a Comissão Permanente pudesse reunir e decidir sobre que rumo tomar. Nuno Morna, deputado da Iniciativa Liberal
Na reunião da Comissão Permanente, Nuno Morna adianta que José Manuel Rodrigues, quase no final e após terem decidido fazer uma nova votação ainda antes do almoço, disse que seria efectuada uma terceira votação com as duas candidaturas. "E passo a citar, "uma primeira de José Manuel Rodrigues, apoiada pelo PSD, CDS e pelo Chega. Isto foi dito por José Manuel Rodrigues. Nesta altura eu interrompo e afirmo aquilo que todos os madeirenses já sabiam: A sua candidatura estava a ser apoiada desde o primeiro momento pelo Chega. Foi então ver José Manuel Rodrigues a ficar vermelho que nem um pimento e Miguel Castro a esconder a cabeça", adiantou, acrescentando que, por isso, na terceira votação, José Manuel Rodrigues foi então "eleito com os votos do Chega".
A Madeira merece saber em que moldes é que este apoio foi prestado. Quem é que o negociou? Qual a posição de partida do Chega em relação ao programa de governo que vamos começar a discutir e ao orçamento a aprovar? Nas duas últimas campanhas eleitorais o Chega inundou as ruas da Madeira com um cartaz onde passava uma única mensagem contra os tachos e contra a corrupção, mas é com estas coisas que se vê com clareza ao que o Chega vem. O Chega mente, mentiu e votar no Chega ou no PSD é exatamente a mesma coisa. Nuno Morna, deputado da Iniciativa Liberal