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Madeira

Crianças e jovens com “hábitos alimentares mais desequilibrados na Madeira e Açores”

A nutricionista Sara Freitas avançou que o consumo de frutas e hortícolas é menor nas Regiões Autónomas, prevalecendo um elevado consumo de açúcar e sal entre os mais novos

“Os jovens têm dificuldade em ter melhores hábitos alimentares, porque não sabem cozinhar”
“Os jovens têm dificuldade em ter melhores hábitos alimentares, porque não sabem cozinhar”

Ao DIÁRIO-Alimentação, presente no Youtube, a nutricionista Sara Freitas afirmou que em Portugal  “as crianças e jovens compõem o grupo populacional com hábitos alimentares mais desequilibrados”, consequência de um baixo consumo de frutas e hortícolas, não atingindo os 400 gramas diários, recomendados pela Organização Mundial de Saúde.

De acordo com a especialista em nutrição, na Madeira e nos Açores o consumo destes alimentos ainda é menor que no resto do país, prevalecendo nas suas dietas um elevado consumo de açúcar e sal, dados que classifica de muito preocupantes, “porque estamos a ver cada vez mais um afastamento do padrão alimentar saudável, da nossa dita dieta mediterrânica”.

Por dia o consumo máximo de açúcar simples recomendado pela OMS situa-se nos 25 gramas, valor que segundo a nutricionista é facilmente ultrapassado com alimentos habituais, como cereais, bolachas, iogurtes líquidos de aromas e sumos, sem mencionar os doces.

Sara Freitas explicou ainda que o que mais surge nas suas consultas são jovens que não gostam de cozinhar ou simplesmente não sabem, nem têm interesse em aprender.

De acordo com a profissional, incentivar o gosto pela cozinha deve ser encarado como uma responsabilidade pelos adultos, porque chega a ponto na vida de qualquer pessoa em que é necessário ser autónomo nesse campo para poder manter uma alimentação saudável.

“Muitas vezes estes jovens recorrem a refeições já preparadas, que na maioria das vezes não são tão equilibradas do ponto de vista nutricional. A chave está na educação alimentar desde a infância ao tentar chamar as crianças para a cozinha, apelando à sua participação desde o processo do planeamento à confecção da comida”.

  A nutricionista, que actua maioritariamente na área materno-infantil, deixou várias ideias de como fomentar o interesse dos mais novos pela cozinha e, por falar em dicas outro ponto abordado na entrevista foi o período de exames que muitos atravessam neste momento e como a alimentação pode fazer a diferença nas longas maratonas de estudo.

 Fique a saber o que influencia a alimentação dos jovens e o impacto que as redes sociais têm neste campo na entrevista disponível no canal do DIÁRIO, no Youtube.