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Madeira

Há 21 anos dois casos de pedofilia estavam em investigação no Funchal

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Há 19 anos, o DIÁRIO destacava na sua primeira página a investigação que estava a ser feita a dois casos de pedofilia, que tinham sido detectados pelos responsáveis das creches.

A 7 de Junho de 2003, era noticiado que as autoridades estavam a investigar dois casos no Funchal de abusos sexuais de crianças de quatro e dez anos de idade.

No primeiro caso, envolvia uma criança de dez anos, que estava internada num centro de acolhimento do Funchal. Terão sido os próprios responsáveis pelo local onde a menina estava internada, a perceber que algo anormal teria ocorrido com a criança.

O caso foi informado ao Centro de Segurança Social da Madeira, que logo se apercebeu que a menor vinha a ser continuamente molestada por um adulto.

A segunda situação envolvia uma menina de quatro anos, também na área do Funchal, terá sido detectada pelos responsáveis pela creche que a criança frequenta. A menor ter-se-ia queixado, no estabelecimento de ensino, de fortes dores na zona genital e teria contado, inocentemente, que o pai e mãe lhe faziam determinadas coisas, o que alertou a direcção da creche para um possível quadro de abusos sexuais.

REGIONAL - Câmara de Lobos recusa entrar no mapa da pedofilia

No mesmo âmbito, na mesma edição impressa, também era notícia que o projecto de prevenção contra a pedofilia em Câmara de Lobos, anunciado no dia anterior ao DIÁRIO, pela directora nacional da Organização Mundial "Inocência em Perigo" tinha irritado o presidente daquela autarquia.

Em comunicado, Arlindo Gomes começou por salientar a perplexidade da Câmara Municipal face à notícia, que anunciava o referido projecto, dado que a autarquia encarava a prevenção e combate à exploração e exclusão de crianças como uma das suas atitudes sociais mais importantes e permanentes acções, além de ter consciência e conhecimento dos reais problemas sociais do concelho, e, por isso, «não foge às suas responsabilidades e não aceita que outros, vindos de fora, nos queiram colocar no mapa da pedofilia ou procurem protagonismo à custa das crianças de Câmara de Lobos».

INTERNACIONAL - UE aprova acordos de extradição

Os ministros da Justiça da UE tinham aprovado, no Luxemburgo, os acordos de extradição e assistência legal mútua com os Estados Unidos que complementavam os existentes a nível bilateral entre Washington e cada país membro.

Os documentos em causa, cuja importância cresceu depois dos atentados do 11 de Setembro por serem um instrumento útil na luta contra o terrorismo, asseguravam a protecção dos direitos e liberdades dos cidadãos assim como o respeito dos princípios constitucionais dos Estados membros da UE. Mas, um dos pontos principais e que dividia as partes dizia respeito à não aplicação por Washington da pena de morte aos cidadãos a extraditar para os Estados Unidos.