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Governo Regional Madeira

“Parece que o senhor presidente do governo vive numa realidade paralela”

Reacção de Paulo Cafôfo, presidente e líder parlamentar do PS-M

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Foto Hélder Santos / ASPRESS

O líder do grupo parlamentar do PS na Assembleia Legislativa da Madeira, Paulo Cafôfo, acusou o Presidente do Governo Regional, que hoje tomou posse, de viver numa "realidade paralela", isto porque, disse, "aquilo que descreve da situação da Região não é aquilo que efectivamente os madeirenses vivem". 

Confira a reacção do líder socialista ao discurso de tomada de posse de Miguel Albuquerque: 

Penso que o senhor presidente da Assembleia, naquilo que disse, equivocou-se, porque este não é um tempo novo, nem será um ciclo novo com um governo de velho. E o que temos aqui é precisamente isso. É um governo de velho que apresenta propostas para os problemas dos madeirenses quando não teve a capacidade de as resolver. E isto é preciso dizer, nós estamos aqui perante um acto que dá posse ao novo governo, mas este acto dá posse ao novo governo e no discurso do presidente do governo parece que o senhor presidente do governo vive numa realidade paralela, porque aquilo que descreveu da situação da região não é aquilo que efectivamente os madeirenses vivem. Quando estamos a falar da região do país que tem a maior taxa de pobreza ou da região do país que tem milhares de pessoas em lista de espera ou que não conseguem uma habitação ou dos idosos que não têm a dignidade que merecem depois de darem tanto a sua região e ao desenvolvimento da nossa região. E por isso espanta-me que agora venha dizer que agora é que é. Esteve 9 anos para resolver os problemas e não resolveu. E portanto da parte do Partido Socialista nós não aceitamos ameaças, porque aquilo que aqui foi dito é que estava disposto para o diálogo. Ora, eu nunca vi Miguel Albuquerque disposto para o diálogo, bem pelo contrário, sempre teve uma arrogância na forma de exercer o seu poder e veio aqui com a ameaça do orçamento. Ora, e de ser o caos se não tivermos um orçamento aprovado. É preciso lembrar que nós não temos orçamento aprovado porque precisamente Miguel Albuquerque se demitiu na véspera da aprovação desse mesmo orçamento para 2024. Aliás, podia ter acontecido aqui o que aconteceu a nível nacional com o governo da República enquanto o António Costa se demitiu, mas só se demitiu depois da aprovação do orçamento. E portanto se nós não temos orçamento, se temos a instabilidade, isso deve-se precisamente a Miguel Albuquerque, o mesmo que agora tomou posse aqui. Não estamos a falar de duas pessoas, estamos a falar da mesma pessoa que tem governado a região desde 2015 que se demitiu e não permitiu a aprovação do orçamento. Paulo Cafôfo