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Fact Check Madeira

Existe algum quartel na Região sem mulheres bombeiras?

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Cada vez mais a mulher tem mostrado que consegue desempenhar as mesmas funções do que os homens e iniciado funções em áreas que antigamente eram tendencialmente masculinas. É o caso das corporações de bombeiros, que contam com um número significativo de mulheres nos dias que correm.

Segundo o Instituto Nacional de Estatística, até ao dia 12 de Dezembro de 2023 mais de seis mil mulheres trabalhavam como bombeiras no país, sendo que 96 delas integravam os corpos de bombeiros da Região Autónoma da Madeira.

Mas será que todos os quarteis da Região têm mulheres bombeiras ao serviço?

Não. Todos os quarteis possuem mulheres bombeiras, excepto a Companhia de Bombeiros Sapadores de Santa Cruz.

O comandante desta corporação confirmou ao DIÁRIO que no quartel de Santa Cruz “existe a senhora da secretaria e uma operadora de central”, mas que nenhuma delas é bombeira, sendo assim este o único quartel na Madeira onde apenas elementos do sexo masculino desempenham funções como bombeiros.

Mas não por muito tempo. Leonardo Pereira explicou que já existem duas recrutas em formação na nova escola de bombeiros e que, se tudo correr bem na formação em Lisboa, vão fazer o compromisso de honra e assinar contrato como bombeiras do quadro da companhia.

A justificação para ser a única corporação sem mulheres poderá estar relacionada com o facto de não abrir concurso para admissão em Santa Cruz há muitos anos ou pela pouca procura por parte de candidatas do sexo feminino neste concelho, talvez devido a uma certa “desinformação”.

“Agora temos tido uma procura muito grande, o que para nós é aliciante e um sinal positivo do nosso trabalho. Quando fiz o meu relatório de posse de comando, uma das minhas propostas ao senhor presidente da câmara foi uma recruta como prioridade principal, além do equipamento e do adjunto de comando. Era um objectivo meu, mas principalmente um objectivo da companhia que serve a nossa comunidade”, admitiu.

E acrescentou: “no socorro as pessoas não querem saber se é homem ou se é mulher. Querem é saber se quem vem socorrer é competente. Portanto, tentámos ao máximo que o concurso fosse justo entre géneros, mas também que isso não desvirtuasse a capacidade do candidato durante a recruta de fazer aquilo que um bombeiro tem de fazer, o que fez com que tivéssemos candidatas femininas muito capazes”.

Existe algum quartel na Região sem mulheres bombeiras?