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Carlos César acusa governo de "plágios rasurados" do executivo anterior

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Foto JOSÉ SENA GOULÃO  

O presidente do PS, Carlos César, acusou hoje o governo de Luís Montenegro de apresentar "plágios mais ou menos rasurados" do executivo anterior e de prometer medidas para entrar em vigor "no dia de são nunca".

"Temos um governo que o melhor que apresenta são os plágios mais ou menos rasurados do governo anterior. E o mais essencial que promete são medidas para entrar em vigor no dia de são nunca", referiu Carlos César que falava no Encontro Europa, em Guimarães, e que contou com as intervenções do secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, e da cabeça de lista do partido às eleições europeias, Marta Temido.

No entender do ex-líder parlamentar do PS, que hoje entrou na campanha eleitoral do partido para as europeias de domingo, o atual governo é "mais hábil a propagandear do que a governar".

"Um governo que é mais afoito a desvalorizar a oposição do que a valorizar a sua própria governação. Um governo que demite e ameaça quem lhe parece perigoso e nomeia prestimosamente quem lhe é subserviente", acrescentou.

Segundo o presidente do PS, o governo de Luís Montenegro é um governo que andaria para trás "se lhes dessem roda livre na Assembleia da República".

"Isso quer dizer que partidos da oposição, como o Partido Socialista, têm uma função não de governação na Assembleia, mas de preservação do equilíbrio e do sentido ético que a governação deve ter em Portugal, quando um governo tem uma condição minoritária na Assembleia da República", afirmou.

Carlos César considerou que o cabeça de lista da AD às eleições europeias, Sebastião Bugalho, foi a escolha que sobrou "das escolhas aflitas" de Luís Montenegro, líder do PSD.

"Nada nos move pessoalmente contra os candidatos da AD ao Parlamento Europeu, que respeitamos. Nem sequer contra o seu agitado cabeça de lista, que sobrou das escolhas aflitas de Luís Montenegro", apontou.

A escolha dos candidatos do PS, disse, foi "para servir com eficiência e com dignidade Portugal e não uma escolha de última hora, aproveitando quem estava naquele momento a falar numa qualquer televisão".

Ao longo da sua intervenção, o presidente do PS contou que várias pessoas lhe têm dito que a escolha de Sebastião Bugalho não foi a mais adequada.

"Acho que a maioria sente, e são algumas pessoas do PSD que mo têm dito, que não tem o perfil apropriado à condição histórica e de representação, quer gostemos quer não, que o PSD teve sempre e desde cedo na sociedade portuguesa", alegou.