Continuar no regime de duodécimos traz prejuízos para a economia, para as famílias e para o desenvolvimento integral da Região
Albuquerque reconhece que novo quadro parlamentar vai obrigar a constantes “concertações e entendimentos”
Apesar de estar “confiante” que o Programa de Governo a ser apresentado na Assembleia Legislativa da Madeira merecerá a aprovação da maioria, o presidente do Governo indigitado reconhece que essa não é uma certeza. “Depende da vontade dos partidos, mas acho que neste momento o sinal que as pessoas têm é que há necessidade de o Governo ter um maior diálogo no quadro parlamentar com as outras forças partidárias”, reafirmando que esse diálogo “é algo que vamos ter de fazer como já fazíamos”, apontando para o governo que agora é exonerado, onde a liderança do PSD também dependia do CDS-PP e do PAN.
“Temos que conseguir, porque essa é a vontade dos madeirenses, porque o que os madeirenses querem neste momento é que o Governo entre em funções, porque não podemos continuar a trabalhar no regime do duodécimos porque isso traz prejuízos para a economia, para as famílias e para o desenvolvimento integral da região”, sustentou.
Quando questionado se a nova composição do Governo, que na prática pouco ou (quase) nada altera, será capaz de convencer a oposição a não ‘chumbar’ o Programa de Governo – moção de confiança -, promete “concertações e entendimentos” quase constantes para garantir condições de governação.
“É uma questão de percebermos aquela que foi a votação, uma votação clara no PSD e o segundo partido que era alternativa, o PS Madeira, ficou a mais de 20 mil votos e a 8 deputados do PSD. Neste momento não há qualquer possibilidade de construção de uma alternativa parlamentar à esquerda do PSD, ou seja, o PS não tem essa possibilidade”, reforça. Reconhece porém que “o que é necessário é fazer uma leitura do sufrágio dos madeirenses e dos porto-santenses que impõe um conjunto de concertações e entendimentos no quadro parlamentar para se prosseguir a governação. O que as pessoas querem neste momento é que o Governo actue, que o Governo governe, até porque há um conjunto de decisões que temos de tomar que não podem continuar a ser adiadas”, considera.