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Governo Regional Madeira

Lealdade e ofício renovam confiança de Albuquerque em Pedro Ramos

Secretário da Saúde e Protecção Civil tem sido um energético defensor do presidente do Governo Regional

Pedro Ramos ao lado de Miguel Albuquerque, na Quinta Vigia, a 24 de Janeiro último, quando rebentou o escândalo das investigações por corrupção.
Pedro Ramos ao lado de Miguel Albuquerque, na Quinta Vigia, a 24 de Janeiro último, quando rebentou o escândalo das investigações por corrupção., Foto Hélder Santos/ASPRESS

O médico-cirurgião que entrou para o governo da Madeira há 8 anos como independente, no meio de uma reformulação governativa, rapidamente ganhou notoriedade política durante o conturbado período da pandemia, tornando-se um dos secretários mais próximos de Miguel Albuquerque e um dos seus mais fervorosos seguidores.

Isso mesmo ficou bem vincado nas últimas iniciativas públicas presididas pelo secretário regional com a pasta da Saúde e da Protecção Civil onde o apoio político-partidário na qualidade de secretário regional não tem estado imune às críticas. Os ‘cocktails’ promovidos com os bombeiros e demais agentes de Protecção Civil em vésperas de eleições para ‘apagar’ focos de descontentamento nas corporações não escaparam à polémica. E mesmo após a reeleição de Miguel Albuquerque, num governo com minoria, mereceu, da parte de Pedro Ramos, uma energética reacção no palco errado.

No calor pós-eleitoral, o secretário com a pasta da Protecção Civil aproveitou a apresentação pública do Plano Operacional de Combate a Incêndios Rurais (POCIR) para dar uma reprimenda pública aos anónimos que desestabilizam em críticas nas redes sociais, atirando assim: “anormais, incompetentes e canalhas não têm lugar nesta terra e mais uma vez a Madeira venceu”. Isto para deixar claro que "a Madeira vai continuar a incomodar e não vai parar", recordando que em 2024 Miguel Albuquerque venceu todas as eleições que havia para ganhar”, apesar do PSD-M ter obtido a mais magra vitória da sua história.

Três dias depois, Pedro Ramos admitiu os excessos de linguagem e retratou-se publicamente através de um ‘mea culpa’, pedindo “desculpas” pela “interpretação errada das declarações proferidas”.

O feroz quadro partidário já tinha dado provas da sua profunda lealdade ao líder do PSD-M quando Miguel Albuquerque se demitiu em finais de Janeiro, na sequência das investigações ao caso de corrupção na Madeira na qual o presidente do Governo Regional é um dos arguidos. Pedro Ramos sempre esteve ao seu lado.

O secretário da Saúde foi também uma figura quase omnipresente na batalha conta a Covid-19, onde o médico-cirurgião empenhou a experiência de vários anos enquanto director clínico e do serviço de Urgência do Hospital Dr. Nélio Mendonça, para além da vasta experiência nas áreas do Trauma e Emergência Clínica.

As listas de espera para cirurgias e consultas das várias especialidades médicas, as altas problemáticas que continuam a ocupar camas hospitalares e a instalação dos equipamentos no futuro Hospital Central e Universitário da Madeira, em fase de construção em Santa Rita, na zona oeste da cidade do Funchal, são alguns dos desafios que se colocam. A formação e a fixação dos profissionais de saúde na Região tem sido uma das maiores batalhas na área da Saúde.

Hoje com 64 anos, Pedro Ramos foi o terceiro secretário com a pasta da Saúde do Governo de Miguel Albuquerque mas contrariamente aos seus antecessores - Manuel Brito (de 20 Abril a Agosto de 2015) e João Faria Nunes (5 de Agosto de 2015 a 29 de Dezembro de 2016) tem estado de pedra e cal no executivo desde a reformulação de governo, a 29 de Dezembro de 2019.