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Marcelo pede que mudanças na saúde salvaguardem centralidade SNS

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O Presidente da República defendeu hoje que as mudanças na saúde devem compatibilizar o contributo dos setores privado e social com a salvaguarda da centralidade do SNS, que classificou como uma segurança para os portugueses.

Marcelo Rebelo de Sousa assumiu esta posição numa conferência sobre sustentabilidade em saúde, promovida pelo jornal Expresso e pela empresa farmacêutica AbbVie, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.

Na sua intervenção, o chefe de Estado afirmou que "o Serviço Nacional de Saúde (SNS) é para a sociedade em geral um referencial de segurança e de confiança" e salientou que Portugal tem uma população envelhecida e com "à volta de dois milhões em tempo de crise na faixa da pobreza".

"Aditaria na minha reflexão uma outra que fiz, que é: a ideia de que foi o SNS que garantiu a resposta à pandemia em dois anos cruciais da vida dos portugueses. Com o devido respeito pela componente privada e social, quem assistiu àqueles dois anos sabe que foi o SNS verdadeiramente decisivo, e os portugueses percecionaram isso, e talvez tenham até acentuado essa perceção", considerou.

No início do seu discurso, o Presidente da República observou que não é fácil falar sobre saúde "a quatro dias das eleições" para o Parlamento Europeu, referindo que ainda para mais esta "não é uma matéria de consenso de regime", o que lamentou.

"Não sendo possível um consenso sobre a saúde, que seria o ideal", deixou um apelo: "Que o período que estamos a viver e vamos viver ao longo dos próximos anos seja um período em que se compatibilize de forma virtuosa o que é necessário mudar em termos de visão de sistema nacional de saúde, de contributo de outros setores para além do SNS, com a ideia da centralidade do SNS e da necessidade de garantir que ele próprio, ao introduzir transformações internas, corresponde às expectativas dos portugueses".