Candidata do BE ao Parlamento Europeu quer fundos europeus para apoio à habitação
O Bloco de Esquerda considera a habitação como direito fundamental e não como activo financeiro.
Para Mónica Pestana, candidata da Madeira na lista do BE ao Parlamento Europeu, "o Governo Regional tem estado aquém das expectactivas, porque não direcciona fundos europeus da coesão social para resolver os problemas de habitação".
A candidata bloquista assegura que "têm sido várias as intervenções do Bloco de Esquerda, quer na Assembleia da República, quer na Assembleia Regional, alertando os governos para este problema gravíssimo que afecta muito a Madeira".
Fruto dos contactos da candidatura do Bloco de Esquerda às eleições europeias, com a população que vive em bairros sociais na região, Mónica Pestana afirma ter constatado "que existem muitos problemas nesses bairros, tais como fissuras nas paredes, infiltrações de águas, humidade, levantamento de soalhos, e outros, que dificultam a habitabilidade e põem em risco o bem-estar e a saúde das pessoas". A candidata afirma ter constatado "que os espaços exteriores estão degradados, e sem qualquer tipo de manutenção".
O pior, diz a responsável pela candidatura, "são as reclamações à empresa IHM (Investimentos Habitacionais da Madeira) que faz 'ouvidos de mercador', apesar de ter gabinetes nesses bairros, e deixa as coisas tal como estão, não respondendo aos mais básicos direitos das pessoas a habitarem uma casa em condições dignas".
Estas são situações que, segundo a candidatura, acontecem nos Bairros da Ajuda, Courelas, Santo Amaro, e outros mais.
Mónica Pestana afirma que "é urgente direccionar fundos da coesão social para a remodelação, reparação e manutenção dos bairros sociais, que permitam uma intervenção profunda no interior das casas que estejam necessitadas, bem como na recuperação e melhoramento dos espaços exteriores". Além disso, "as verbas do Plano de Recuperação e Resiliência têm que ser todas aproveitadas para a construção de habitações a preços verdadeiramente acessiveis que os madeirenses possam pagar com os seus salários", conclui a candidata.