Família de turista italiana que morreu no Seixal apela por mais sinalização no local
Em declarações ao jornal italiano Il Resto del Carlino, a família da turista italiana que perdeu a vida na sexta-feira após ter sido atingida por uma onda na Poça das Lesmas, no Seixal, na quinta-feira, apela por mais sinalização no local. “A aérea é muito perigosa: precisa ser melhor sinalizada ou pelo menos a ajuda precisa chegar mais cedo”, referem.
Andreína Ferreira , 27 Junho 2024 - 18:06
Andreína Ferreira , 28 Junho 2024 - 17:13
Os pais da jovem de 28 anos, assim como o seu namorado, – que viajou até à Madeira na sexta-feira – regressam esta noite a Colmurano, Itália.
Ao mesmo periódico, os familiares destacam alguns aspectos: “A ilha é linda, mas está atrasada em termos de segurança. As piscinas naturais, públicas e repletas de turistas, onde estávamos no momento do acidente, não estão equipadas com sinalização adequada”, acusam.
Explicam que existe uma placa a indicar a ausência de salva-vidas, mas não existe qualquer sinalização para a possível ocorrência de ondas anómalas e repentinas. A irmã de Margherita Salvucci, Ester, conta que “aproximamo-nos do paredão para ver o mar lá em baixo. Não diz que ondas grandes podem chegar, não tínhamos como saber”.
Já o pai, Piergiovanni, diz que a filha “acabou numa armadilha”.
Como noticiado pelo DIÁRIO, a jovem, em detrimento do acidente, ficou inconsciente. Um popular atirou-se ao mar para tentar salvá-la, tendo sido de imediato activada a embarcação do SANAS do porto Moniz.
“As pessoas presentes atiraram dois coletes salva-vidas com cordas para a nossa filha. Quando Margherita caiu na água ela estava viva, ele falou, nadou com todas as forças, mas não conseguiu agarrar os coletes salva-vidas. Não escorregou, nem caiu, pelo que pudemos ver. Do bar chamaram uma lancha com um médico a bordo, que chegou cerca de 20 minutos depois. Entretanto Manuel, um anjo, [que atirou-se ao mar para salvá-la] mergulhou. Ele diz que a ouviu falar porque entendeu que ela era italiana. Margherita desmaiou ao ver Manuel chegar”, relatam ao Il Resto del Carlino.
O jornal italiano dá conta que depois da italiana ter sido trazida para terra “demorou mais 40 minutos a ser transportada para o hospital do Funchal. Segundos os seus entes queridos passou uma hora e meia desde o acidente até a sua chegada ao hospital. A água nos pulmões e a parada cardíaca teriam sido decisivas”, lê-se.
“O que aconteceu não deve acontecer novamente. Devemos isso à Margherita”, conclui a mãe.
A rematar, o Il Resto del Carlino informa que o corpo da jovem ainda demorará até ser transladado. “Talvez possa demorar duas ou três semanas”, refere a mãe, acrescentando que é necessário traduzir alguns documentos e que será feita a autopsia, mas a família não sabe ao certo quando será realizada.
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