Projecto do miradouro junto ao Farol da Ponta do Pargo ‘na gaveta’ à espera do Governo Regional
Carlos Teles assume que a Câmara Municipal não tem disponibilidade financeira para a obra num dos locais mais visitados da Madeira
O projecto para a construção de miradouro sobre a falésia junto ao farol da Ponta do Pargo mantém-se ‘na gaveta’. Por incapacidade financeira da Câmara Municipal da Calheta, o seu presidente, Carlos Teles, remete para o Governo Regional a responsabilidade de assegurar a construção da obra, que continua a fazer parte dos planos da Autarquia. Na melhor das hipóteses, o autarca do PSD admite que possa estar concretizado em 2026, data apontada para a conclusão da obra do Campo de Golfe da Ponta do Pargo. Mas não há, por enquanto qualquer garantia nesse sentido.
“Estamos em diálogo, estamos a conversar, vamos ver, esperemos que seja no decorrer da construção do campo de golfe”, apontou. “Oxalá que sim, mas se não for também não vem mal ao mundo, interessa que a obra vá para o terreno”, sustentou.
Carlos Teles só vê duas vias para garantir a execução da desejada obra. Ser o Governo Regional a assumir a empreitada, seja através da Sociedade de Desenvolvimento ou da própria Secretaria dos Equipamentos e Infraestruturas, ou então, a ser a Câmara Municipal, tal só será viável através de contrato-programa.
Por agora retira ‘pressão’.
“Nós já temos o projecto para esse miradouro, até porque já foi apresentado publicamente. Já conversamos com o senhor presidente do governo regional, assim como com o senhor secretário regional (Pedro Fino). Obviamente que a Câmara Municipal não tem capacidade financeira para executar esse projecto e precisamos de ajuda para que isso seja uma realidade. Nós achamos e penso que nesse aspecto o senhor presidente também tem essa visão e concordou connosco que realmente um projecto e um investimento, uma obra desta envergadura como é o Campo de Golfe da Ponta do Pargo precisa daquele miradouro”.
Teles sustenta que a zona do Farol da Ponta do Pargo é dos locais mais visitados por turistas “mesmo sem condições”, sublinha.
Recorda que “em 2019 foi o farol mais visitado do país, portanto argumentos não faltam para que efectivamente se construa o miradouro e que se dê outras condições, incluindo abrindo aos privados uma área comercial, porque realmente aquela zona tem muito potencial. Basta passar aqui em qualquer dia da semana para ver o movimento que a zona do farol da Ponta do Pargo tem”, concretiza.