DNOTICIAS.PT
Desporto

Titulares das SAD alvo de grande escrutínio no processo de licenciamento da LPFP

None

A Comissão de Auditoria da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) garantiu hoje que, no processo licenciamento para a época 2024/25, houve "um grande escrutínio" aos proprietários e titulares das Sociedades Desportivas, para assegurar a "transparência das competições".

"É uma preocupação da tutela, e fomos muito rigorosos nesta matéria. Temos que garantir que temos clubes transparentes e independentes a competir. Isso já estava vertido nos pressupostos do Manual de Licenciamento e foi aprimorado. Atualmente, existe um escrutínio muito grande sobre este tema", assegurou à agência Lusa o presidente da Comissão de Auditoria, José Bento.

O responsável reconheceu que esta fase antes da competição, quando decorrem os licenciamentos, é propícia a "ruídos e polémicas", mas garantiu que a única preocupação do organismo é garantir a integridade de toda a informação entregue pelas sociedades desportivas.

"Apesar dos critérios serem muito objetivos, se houver dúvidas é feito um pedido de esclarecimento. É normal isso acontecer", acrescentou.

Além dos critérios financeiros e legais, a Comissão de Auditoria da LPFP também ratifica o licenciamento dos estádios das competições profissionais, mas apenas validando os pareceres técnicos emitidos por especialistas.

"O que nos compete é a avaliação dos requisitos e pressupostos que estão definidos. Não temos nesta Comissão técnicos de projetos. Isso é feito pelos especialistas que vistoriam, avaliam e certificam, no terreno, os estádios. Não temos intervenção na avaliação da segurança das infraestruturas," explicou.

Numa autoavaliação ao trabalho geral da Comissão de Auditoria, José Bento mostrou-se satisfeito pelos resultados obtidos, sobretudo "na idoneidade e integridade das competições".

"O nosso desejo é que todos os clubes reúnam as condições para competir. Infelizmente, historicamente, tivemos algumas situações em que isso não pôde acontecer. Mas, mesmo nos processos que foram impugnados ou questionados, em todos foi dada razão ao parecer e à decisão da Comissão", recordou.

O responsável, que defende uma postura objetiva, mas também pedagógica e de diálogo, confessou que "a pior coisa que pode acontecer à Comissão é verificar que um clube que mostrou capacidade desportiva não consiga, depois, cumprir outros critérios".

"O que todos queremos é que existam clubes fortes e que representem a diversidade do nosso país", acrescentou.