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Mercosul apoia PR boliviano e exorta a manutenção da democracia

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Os estados partes e associados do Mercosul demonstraram hoje o seu apoio inequívoco ao Presidente da Bolívia, Luis Arce, e exortaram à manutenção da democracia no país que na quarta-feira sofreu uma tentativa de golpe de Estado.

Em comunicado conjunto, os países membros do bloco Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai) e os estados associados (Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Peru e Suriname) manifestaram um "enérgica condenação às mobilizações de algumas unidades do exército boliviano, que visam desestabilizar o governo democrático" boliviano.

O bloco rejeita qualquer tentativa de alteração de poder através "da violência e de forma inconstitucional que atente contra a vontade popular, soberania, autodeterminação dos povos e que vulnerabilize a estabilidade política e social do país irmão".

Por fim, o Mercosul expressou ainda solidariedade e "irrestrito apoio à institucionalidade democrática do governo constitucional do presidente Luis Arce Catacora e suas autoridades democraticamente eleitas, e exortam a manutenção da democracia e a plena vigência do estado de direito" na Bolívia, que se encontra neste momento em processo de adesão ao bloco.

Na quarta-feira, o general boliviano Juan José Zúñiga comandou unidades do Exército que tomaram posições na Praça Murillo, em La Paz, centro do poder político do país, anunciando que pretendia nomear um novo governo e libertar "os presos políticos".

Carros de combate e soldados fortemente armados mantiveram a presença na praça, mas acabaram por se render.

Pelo menos nove pessoas ficaram feridas durante a intentona militar.

O oficial que liderou a tentativa de golpe foi detido pouco depois frente ao edifício do governo, após a intervenção direta do chefe de Estado, Luis Arce.

O Presidente da Bolívia agradeceu o apoio da população que se deslocou para a zona central da capital para "fazer frente à tentativa de golpe de Estado".

Além do general Zúñiga, foi detido o ex-contra-almirante Juan Arnez Salvador, acusado do "delito de terrorismo e de levantamento armado contra a soberania do Estado". 

A Procuradoria boliviana já anunciou a abertura de uma investigação contra Zúñiga e os militares que participaram na intentona.