"PSD e Albuquerque não quiseram que a Região tivesse Orçamento", insiste Élvio Sousa
O impasse quando à aprovação do Programa de Governo continua e, por isso, mesmo os partidos da oposição voltam a chamar à responsabilidade Miguel Albuquerque, caso do JPP que insiste na ideia de que foi o PSD e Albuquerque que "não quiseram que a Região tivesse Orçamento".
"Miguel Albuquerque e o PSD continuam todos os dias a sacudir as suas responsabilidades por a Região estar sem Orçamento para 2024 e não cessam a narrativa do medo para confundir a opinião pública. Esta quinta-feira, com o beneplácito da propaganda subsidiada, o Governo Regional vem queixar-se da impossibilidade de celebrar contratos programas com as autarquias, por um lado, e, por outro, o IASAÚDE, afirma que o regime de duodécimos 'é deficitário para fazer face ao aumento de despesas com medicamentos'”, aponta Élvio Sousa em comunicado de imprensa.
"O JPP quer sossegar as populações e informar que a Região continua a ter para se governar em 2024 o mesmo dinheiro que está inscrito no Orçamento de 2023. Portanto, é falso que não há dinheiro. O que não há são os acréscimos previstos para 2024. Mas isso é da estreita responsabilidade do PSD e Albuquerque", sustenta o líder da bancada parlamentar do JPP.
Por outro lado, nota que o seu partido "não se recorda de ter lido ou ouvido qualquer registo público de autarcas do PSD e do serviço regional de saúde a tomarem posição quando Miguel Albuquerque, de forma leviana e irresponsável, retirou da agenda do Parlamento a proposta de orçamento para 2024, com discussão agendada para os dias 6 a 9 de Fevereiro, e com todas as possibilidades de o orçamento ser aprovado, pois, como todos sabemos, PSD, CDS e PAN formavam maioria e tinha acordos nesse sentido".
"Não foram responsáveis. Traíram as expetativas dos madeirenses, das famílias, das empresas e das instituições. A própria comunicação social deixou o assunto morrer. Foi vingando a narrativa da chantagem", sentencia Élvio Sousa, que acusa ainda Albuquerque, PSD e CDS de fazerem "joguinhos partidários e chantagem ao Presidente da República para fugirem a eleições".
"Não podem vir agora, com a ajuda da propaganda paga com os nossos impostos, tentar culpar os partidos da oposição pelos desmandos que cometeram. O JPP foi muito explícito e esteve, desde o primeiro momento, contra a suspensão da discussão do Orçamento. Avisámos o PSD e Albuquerque para as consequências da imprudente decisão que tomaram. Não nos quiseram ouvir, mas agora ao menos sejam sérios e assumam que estavam errados", remata.