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Governo garante continuidade de psicólogos nas escolas

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Foto Lusa

O ministro da Educação garantiu hoje que os psicólogos que trabalham nas escolas irão ter os seus contratos renovados e muitos serão integrados nos quadros, salientando a importância destes profissionais no acompanhamento dos alunos.

Questionado sobre o alerta da Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP), que avisou que estava em causa a continuidade de cerca de 500 psicólogos nas escolas públicas, o ministro garantiu hoje que a tutela está a trabalhar para resolver o problema.

"A nossa intenção é que os contratos sejam renovados e há uma percentagem significativa dos que cumprem condições para passarem para os quadros das escolas", disse Fernando Alexandre, sublinhando que "esta é, obviamente, uma área para reforçar".

Admitindo não saber de cor quantos serão os psicólogos contratados e integrados, o ministro da Educação, Ciência e Inovação (MECI) revelou que a tutela está "a fazer esse levantamento, mas obviamente o objetivo é melhorar as condições" destes profissionais.

"Os psicólogos são essenciais e são cada vez mais importantes nas nossas escolas", afirmou Fernando Alexandre, garantindo que a tutela está "muito atenta aos problemas de saúde mental e ao acompanhamento de crianças com dificuldades" e quer "ter mais apoio nessa área tão importante para funcionamento das escolas".

Numa carta aberta divulgada na quarta-feira, a OPP pediu ao Governo para que garanta até julho a continuidade de cerca de 500 psicólogos a trabalhar nas escolas públicas, a tempo de se preparar o próximo ano letivo.

O bastonário pediu também a continuidade dos psicólogos do Programa Nacional de Promoção do Sucesso Escolar, que representou uma medida extraordinária para mitigar os efeitos da pandemia.

À margem da cerimónia de apresentação de um estudo internacional sobre literacia financeira entre os alunos de 15 anos, o ministro foi ainda questionado pelos jornalistas sobre as falhas no portal de matrículas dos alunos.

"Não está a correr bem", reconheceu, voltando a explicar que "o Governo anterior decidiu mudar a plataforma, mas os trabalhos começaram tarde, apenas em março".

"Acreditamos que vão conseguir ultrapassar rapidamente estes constrangimentos e pedimos desculpa", disse, reconhecendo o transtorno para as famílias e lembrando que o prazo foi alargado.

O ministério explicou que o Portal das Matrículas está com constrangimentos desde sábado devido ao "elevado número de acessos", estando a decorrer as inscrições dos 6.º ao 9.º e 11.º anos.