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Madeira

PS critica gestão dos dinheiros públicos da CMF e lamenta que contas estejam "cada vez mais comprometidas"

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O PS afirma-se preocupado com as contas da Câmara Municipal do Funchal, documento que ontem foi votado em Assembleia Municipal. Os socialistas lembram que o município apresenta um resultado negativo de 5,1 milhões de euros, em 2023, e que os gastos aumentaram cerca de 13 milhões de euros, ou seja mais 35%, cifrando-se a dívida da autarquia agora nos 45 milhões de euros.

“Infelizmente, as boas contas públicas deixadas pelos executivos anteriores, liderados pelo Partido Socialista, estão cada vez mais comprometidas, apesar de a cobrança fiscal ter batido recordes na ordem dos 51 milhões de euros”, refere Andreia Caetano, acrescentando ser "incompreensível que, com o maior orçamento e os maiores proveitos de sempre e não havendo preocupação com o pagamento da dívida, as contas não estejam equilibradas".

A deputada municipal faz questão de frisar que "o saldo final das contas é negativo”, pelo que aponta a incapacidade de gestão do actual executivo, liderado por Cristina Pedra, revela-se na ausência de soluções para os problemas da cidade, que, neste momento, “está parada, esburacada, suja e insegura”.

Por outro lado, o PS vê com bons olhos a aprovação de projectos como a taxa turística, "anteriormente criticado e chumbado pelo PSD e CDS pela única razão de ter sido proposto pelos executivos liderados pelo PS". Além desse, foi aprovada a devolução da totalidade do IRS, transportes públicos gratuitos e Polícia Municipal.

Entende o PS que a continuidade de projectos anteriormente implementados, como o Orçamento Participativo, o ‘Crianças e Jovens em ParticipAção’, o Fundo de Investimento Social, os manuais escolares gratuitos, as bolsas de estudo do ensino superior, a Estratégia Local de Habitação, o Programa Amianto Zero e a construção de habitação social, demonstra a pertinência e a visão estratégica inovadora dos anteriores executivos e corresponde ao único trabalho apresentado pelo actual executivo, “revelando a sua incapacidade e um deserto de ideias para a cidade”. “A cada ano que passa, a ausência de estratégia e a reprodução de modelos antigos de gestão do território urbano afastam cada vez mais o Funchal de um futuro sustentável”, refere Andreia Caetano.

Os deputados do grupo municipal do Partido Socialista garantem que continuarão a defender os interesses dos funchalenses, apresentando propostas para a cidade e denunciando engenharias financeiras e leituras enviesadas da realidade.