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“Para que lado fica o caminho?”

Como vamos executar, por exemplo, o controlo sanitário desta população, se o S.N.S. ainda não tem sequer resposta efectiva para a população portuguesa?

Estive recentemente durante alguns dias na capital do nosso país e, por absoluta necessidade tive de falar muitas vezes, inglês, espanhol, francês, ... e é claro que falei também português, principalmente com a família e com amigos. Como já estamos num estado de globalização há vários anos e tudo isso se traduziu numa troca comercial variada, uma troca de conhecimentos, uma conjugação facilitada de projectos e intenções, ... mas agora está a resultar numa grande migração, com grande prevalência de imigrantes, relativamente ao pequeno número de emigrantes,... neste caso, até com uma saída importante de quadros técnicos portugueses qualificados... que nos podem fazer falta. Ao mesmo tempo, temos um desconhecimento completo das capacidades reais da população imigrante que nos procura, muitos deles “fugitivos” de países desorganizados ou com guerras internas. E esta emigração realiza-se de países supostamente ricos, para países bem mais pobres, denunciando o estado de declínio que existe em determinados locais do nosso mundo, particularmente no território africano. Com certeza que entre esses imigrantes, existem pessoas capazes e úteis ao nosso tecido empresarial, mas também se verificam casos de pessoas desadaptadas, carentes, desnutridas ou com debilidades de várias naturezas.

O nosso serviço oficial de controlo das fronteiras, caducou, implodiu, ... foi extinto pelo anterior governo da República, ... após um caso de homicídio, mal conduzido ou mal esclarecido, num dos nossos aeroportos. Portanto, o governo vigente, numa altura já em fase crescente de imigração no nosso país, achou por bem, que devia extinguir este serviço indispensável. Criando um serviço alternativo, com critérios que desconheço, reconhecendo, isso sim, que o resultado final, foi o de meio milhão de imigrantes, “estacionados” no nosso país, sem visto ou reconhecimento, sem controlo, sanitário ou de outra natureza, com ou sem actividade laboral estabelecida ou confirmada, ... mas com imensas situações perfeitamente desconhecidas e não identificadas.

Alguns políticos “mais politizados” deste rectângulo, acham que, devemos ser muito receptivos, abrangentes, protectores e integracionistas ... e assim, devemos ser os “salvadores” dos desiquilíbrios, de países como a Venezuela, o Bangladesh, a Índia, o Afeganistão, o Brasil, Angola ou Moçambique, ... e muitos mais que nos procuram, ou nos vão procurar incessantemente. Referem esses ditos políticos que essa procura imensa, é um sinal de desenvolvimento e de progresso do nosso país. Mas, alguma vez estamos preparados, para dar guarida, formação, educação, alojamento e todo o tipo de apoio extra e suplementar necessário? Quando este país está com falências técnicas na Educação, na Saúde, na Habitação, na Justiça e na organização ou reestruturação das forças de segurança para-militarizadas?

Outro dia recordei a palestra do famoso ginecologista congolês, Denis Mukwege, Nobel da Paz em 2018, quando referia que o seu país, a R.D. do Congo é um dos países mais ricos do planeta ... no entanto os seus habitantes são talvez os mais pobres do mundo, vítimas da exploração laboral da sua população, crianças e jovens incluídos, num ambiente de violência extrema. Acho muito importante conhecer em pormenor aquilo que se passa no mundo e reconhecer que existem países no planeta, que estão a ser sugados “até ao tutano” por organizações, conhecidas e identificadas, sem escrúpulos. Países, todos eles ricos, de onde provêm o maior parte das emigrações para a Europa.

Os mesmos políticos nacionais, que apresentam nos seus garbosos discursos preocupações com o aquecimento global, com a identidade de género, com o racismo, com os discursos de ódio e os populismos, ... esses mesmos, esquecem-se de falar e reconhecer que uma imigração, sem controlo, sem integração, sem avaliação sanitária individual, nunca será saudável ... e pode ser problemática!

Qual será então o nosso caminho, perante esta invasão pacífica, desordenada, de indivíduos muitos deles frágeis, carentes, em busca de oportunidades, de trabalho, de vida, de futuro? Como vamos executar, por exemplo, o controlo sanitário desta população, se o S.N.S. ainda não tem sequer resposta efectiva para a população portuguesa? Com a tremenda agravante de estarmos a conviver com uma guerra no “jardim” leste do nosso território europeu, ... sem fim á vista!

Não sei qual é o caminho... não sei qual é a saída, ... sem haver condições técnicas e económicas! Tenho dito!