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Madeira

Cristina Pedra destaca saúde financeira da ‘Frente Mar’, empresa que esteve para fechar

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A presidente da Câmara do Funchal, Cristina Pedra, felicitou a actual administração da empresa municipal ‘Frente Mar Funchal’ pelos resultados positivos superiores a 300 mil euros registados nas contas de 2023, o que revela o trabalho de recuperação de uma entidade que, há poucos anos, correu o risco de encerramento devido ao desequilíbrio financeiro.

Falando na sessão da Assembleia Municipal, que decorre hoje no Monte, nas instalações do Colégio Infante D. Henrique, Cristina Pedra recordou que, há poucos anos, foi necessária uma injecção de capital na referida empresa, porque não havia dinheiro para pagar subsídios de Natal e Segurança Social e chegaram a haver atrasos nos pagamentos de salários. O saneamento das suas contas implicou eliminar postos de trabalho de funcionários que “não passavam” pelas instalações da ‘Frente Mar’ e por uma maior fiscalização nos parcómetros. “Não havia fiscalização nenhuma nos parcómetros” na anterior vereação, denunciou a presidente.

A autarca explicou depois que o aumento geral das receitas da ‘Frente Mar’ permitiu reequilibrar as suas contas, equiparar o nível salarial dos respectivos funcionários para o nível do pessoal camarário e adquirir novos equipamentos para os complexos balneares. Cristina Pedra garantiu que a uma empresa municipal pagou as suas dívidas e está hoje saneadam, quando “no passado havia a proposta para encerrar a empresa”.

Na sequência desta intervenção, a deputada Isabel Garcês (PS) fez questão de lembrar que a recuperação financeira da ‘Frente Mar’ fez-se também à conta da cobrança de bilhete a alguns estratos etários de jovens que antes não pagavam para entrar nos complexos balneares e por uma subida dos preços. Para a representante socialista, “toda a retórica da excelência da gestão é desnecessária”, já que os “bons resultados derivam das verbas cobradas aos funchalenses e turistas”. Isabel Garcês denunciou ainda que, em 2023, a ‘Frente Mar Funchal’ “arrecadou muito dinheiro com a caça à multa” nos estacionamentos.

A presidente da CMF desmentiu esta última conclusão. Cristina Pedra reconheceu que agora, ao contrário do que acontecia no passado, há multas para quem abusa nos estacionamentos, mas essas receitas não revertem para os cofres da CMF. O que reverte, sim, são os valores pagos nas máquinas de cobrança de estacionamento, cuja receita subiu com a fiscalização mais activa.

A Assembleia Municipal vai prosseguir durante a tarde a análise às contas de 2023 das empresas municipais 'Frente Mar' e Sociohabita.