Polícia Municipal suscita troca de recados entre oposição e executivo da CMF
Os deputados municipais Sérgio Abreu (PS) e Egídio Fernandes (BE) destacaram, na sessão da Assembleia Municipal do Funchal que decorre esta manhã no Colégio Infante D. Henrique (Monte), o “recuo” do executivo da CMF na questão da criação da Polícia Municipal do Funchal.
O deputado socialista saudou mesmo a nova posição favorável do executivo presidido por Cristina Pedra e realçou que, no mandato anterior, PSD e CDS opuseram-se à ideia criação da Polícia Municipal proposta pelo executivo da coligação ‘Confiança’. Sérgio Abreu lembrou que mesmo que o deputado João Paulo Marques (PSD) considerou tal medida um devaneio, um assalto aos dinheiros públicos e serviria para caça à multa. O representante socialista entende que a Polícia Municipal será importante para criar segurança na cidade do Funchal e vai permitir uma poupança de dinheiros públicos, porque vai apoiar a CMF na organização de eventos.
Em resposta, a presidente da CMF, Cristina Pedra, qualificou de “devaneio” a proposta que tinha sido feita pela coligação ‘Confiança’ e garantiu que a Polícia Municipal que é defendida pelo executivo da coligação ‘Funchal Sempre à Frente’ é muito diferente. “Não queremos nada com a vossa Polícia Municipal”, disse a autarca, descrevendo depois que a proposta do executivo anterior era “pegar em funcionários civis e meter-lhes uma arma na mão”. “Nós não queremos uma Polícia Municipal de civis a fingir de agentes policiais. Para nós, só com agentes formados na Escola da PSP”, que cumprem comissões de até 9 anos e, após isso, regressam sempre ao quadro da PSP.
Cristina Pedra colocou duas condições essenciais para a criação da Polícia Municipal do Funchal: terá de ter um estatuto e lei próprios, como Lisboa e Porto, que lhes permitam fazer fiscalização de trânsito; e que as verbas da fiscalização de trânsito revertam para a CMF e não para o Governo Regional.