"Albuquerque é o único responsável por a Madeira estar sem orçamento", diz Paulo Alves
Na sequência da visita do presidente do Governo Regional em exercício à obra de requalificação da Estrada do Aeroporto, em Santa Cruz, onde "não perdeu a oportunidade para prosseguir na sua estratégia da vitimização, da mentira, da chantagem e lançar medo nas famílias e empresas", eis que o JPP emitiu um comunicado muito crítico para o líder madeirense.
"No money, no funny". Albuquerque mostra obra que vai parar sem orçamento
A empreitada de reabilitação de cerca de quase 8 quilómetros da Estrada do Aeroporto, entre a Boa Nova e a Assomada, que começou a meio do ano passado e deveria decorrer até finais de 2025, é uma das obras que vão parar nos próximos meses, caso o Governo Regional não tenha o seu Orçamento aprovado. “Se não tiver orçamento, vai ter de parar, como é óbvio”, assumiu o presidente do executivo, Miguel Albuquerque, que visitou o local esta tarde.
Neste sentido, o JPP começa por referir que "não vai deixar que as mentiras do líder do PSD continuem a fazer caminho e a sacudir a responsabilidade pela atual situação".
Foi Albuquerque que, entretido com o CDS em joguinhos partidários, colocou os seus interesses à frente da Madeira e decidiu retirar o orçamento do Parlamento quando estava agendado para ser discutido e aprovado entre os dias 6 a 9 de Fevereiro. Paulo Alves, deputado do JPP
O parlamentar diz que “a estratégia chantagista” de Albuquerque “prejudicou muito as famílias e as empresas” e teve um único propósito: “Quis chantagear o Presidente da República para este não convocar eleições e por isso retirou o orçamento antes da sua discussão”, afirma.
Paulo Alves lembrarque a posição do JPP foi inequívoca:
Nós, na altura, avisámos que a Madeira não devia ficar sem orçamento, porque havia todas as condições para a sua aprovação, agora vem Albuquerque se queixar da própria estratégia chantagista que delineou, isso prova, mais uma vez, que não é uma pessoa séria e de confiança. Paulo Alves, deputado do JPP
Ainda assim, e de uma forma satírica, o JPP diz concordar com a expressão inglesa “no money, no funny” (não há dinheiro, não há diversão) utilizada por Albuquerque. E explica: “Ele só sabe governar com o pote cheio, tem de aprender a gerir com duodécimos, como fazem as famílias todos os meses, e como também lembrou o Representante da República. A obra que Albuquerque referiu, e todas as outras já programadas, não irão parar, continuam a ter a mesma verba que foi colocada no orçamento para 2023, só não tem o acréscimo que estava previsto no orçamento para 2024, mas isso Miguel Albuquerque tem de pôr a mão na consciência e perguntar a si próprio, se falta dinheiro é ele o único responsável”, finalizou Paulo Alves.