Grupo de 16 Nobel da Economia advertem para perigos das propostas de Trump
Um grupo de 16 galardoados com o prémio Nobel da Economia advertiam hoje que as propostas do candidato republicano à presidência dos EUA, Donald Trump, reativarão a inflação e provocarão danos prolongados à economia do país.
"Embora cada um de nós tenha pontos de vista diferentes sobre as particularidades das políticas económicas, todos estamos de acordo que a agenda económica de Joe Biden é amplamente melhor do que a de Donald Trump", afirmam os académicos numa carta à qual o 'site' Axios teve acesso.
O texto é assinado, em primeiro lugar, por um dos vencedores do Nobel da Economia em 2021, Joseph Stiglitz, ao qual se juntam George A. Akerlof (2001), Angus Deaton (2015), Cláudia Goldin (2023), Oliver Hart (2016), Eric S. Maskin (2007), Daniel L. McFadden (2000) e Paul R. Milgrom (2020).
Completam a lista Roger B. Myerson (2007), Edmund S. Phelps (2006), Paul M. Romer (2018), Alvin E. Roth (2012), William F. Sharpe (1990), Robert J. Shiller (2013), Christopher A. Sins (2011) e Robert B. Wilson (2020).
Os economistas afirmam que um segundo mandato de Trump teria "um impacto negativo na posição económica dos EUA no mundo e um efeito destabilizador na economia interna" do país.
"Muitos norte-americanos estão preocupados com a inflação e Donald Trump pode reativá-la com os seus orçamentos fiscalmente irresponsáveis", escreveram os especialistas.
De resto, a economia deve ser um dos principais temas do primeiro debate da campanha presidencial, transmitido pela CNN, na quinta-feira, entre o presidente dos EUA, Joe Biden, e Donald Trump.
Entre as propostas de Trump estão um imposto mínimo universal de 10% sobe todas as importações e uma taxa de 60% sobre os produtos chineses.
Além disso, o magnata promete às empresas norte-americanas reduzir a sua tributação de 21% para 20% e pretende eliminar os impostos sobre as gorjetas dos trabalhadores dos setores de lazer e hotelaria.
Por sua vez, Biden mantém o plano de aumentar os impostos sobre as empresas e não aumentá-los para as famílias que ganhem menos de 400 mil dólares anuais.