Zelensky participa em cimeira sobre segurança em Bruxelas
O Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky vai marcar presença esta quinta-frira na cimeira europeia em Bruxelas, onde será assinado um acordo sobre os "compromissos de segurança" da União Europeia (UE) para com a Ucrânia, revelou a presidência francesa.
"O Presidente Zelensky estará presente na abertura do Conselho Europeu para a discussão sobre a Ucrânia e, em particular, sobre a questão dos compromissos de segurança", explicou a presidência francesa.
O Palácio Eliseu lembrou que o bloco comunitário tem os seus próprios "compromissos de segurança" para ajudar Kiev contra a Rússia, além de acordos bilaterais de vários estados membros, incluindo Portugal.
Segundo responsáveis europeus, um acordo sobre estas garantias de segurança da UE foi aprovado pelos 27 Estados-membros e deverá ser assinado na quinta-feira.
Um projeto do texto consultado pela agência France-Presse (AFP) indica que a UE irá procurar continuar a financiar o fornecimento de armas a Kiev, manter a formação de soldados ucranianos e intensificar os esforços para fortalecer a indústria de defesa do país invadido pela Rússia.
Mas não inclui quaisquer compromissos concretos para nova ajuda da UE.
Tal como acontece com outros pactos, uma cláusula estipula que a UE consultaria a Ucrânia no prazo de 24 horas em caso de "futura agressão" por parte da Rússia.
França, Alemanha, Estados Unidos, Reino Unido e muitos outros aliados ocidentais de Kiev já assinaram os seus pactos de apoio a Kiev.
No final de maio, numa visita de Zelensky a Lisboa, Portugal assinou um acordo de cooperação e segurança com a Ucrânia, que prevê o compromisso português de fornecer a Kiev apoio militar de pelo menos 126 milhões de euros este ano, incluindo contribuições financeiras e em espécie.
A Ucrânia apresentou estes acordos como um caminho para a adesão à UE e à NATO.
Estas iniciativas foram anunciadas numa cimeira da NATO no ano passado para apaziguar a Ucrânia, depois de lhe ter sido negado um calendário claro para a adesão à Aliança Atlântica.
A chegada à cimeira de Bruxelas, na quinta-feira, do líder do país em guerra acontecerá dois dias depois da abertura das negociações de adesão entre a UE e a Ucrânia, um passo descrito como histórico tanto em Kiev como em Bruxelas.