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“Santa Cruz é exemplo de que a democracia a funcionar é o melhor caminho para mudanças profundas e para o derrubar de vícios e clientelas instaladas”

Filipe Sousa, presidente da Câmara Municipal na Sessão Solene do Dia do Concelho

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“Hoje, passados 11 anos, temos, de facto, razões para celebrar e para acreditar que o presente e o futuro são bem melhores do que o passado. Aliás, é caso para dizer que, nos últimos 11 anos, passamos do zero ao 80, se me permitem a adaptação do provérbio popular”. Foi desta forma que Filipe Sousa, presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz começou a intervenção na sessão solene comemorativa do 509º Aniversário do Município de Santa Cruz.

“Passamos do zero ao 80 no investimento em áreas cruciais como as acessibilidades, o ambiente, o social, a protecção civil, o calendário de eventos” assim como “na proximidade, na transparência, na modernização administrativa, e na saúde financeira das contas municipais”, apontou.

Para o autarca que lidera a governação do JPP “foi uma transformação profunda aquela que conseguimos, foi uma reviravolta na forma de governar, de actuar, de interagir coma população, de estar presente, de exercer efectivamente uma política atenta de proximidade, sem amarras e sempre na defesa do bem comum e do futuro desta terra”, disse.

Embora tenha ressalvado não querer “demorar a recordar as desgraças e a desgraça que aqui encontrámos em 2013, mas como temos uma oposição profissional na reescrita da história, é sempre bom recordar a herança que recebemos de uma câmara em ruptura financeira, com os cofres vazios na proporção de uma dívida que ainda estamos a pagar”, acrescentou.

Para o autarca do JPP a primeira grande conquista da sua governação foi “recuperar a credibilidade e a solidez financeira, mesmo perante um cenário que todos pensavam ser insolúvel”.

Na questão financeira lembrou que “actualmente a nossa margem de endividamento é superior aos 16 milhões de euros, isto é, o limite da dívida para o ano de 2024 é superior aos 38,5 milhões de euros”.

Outro dado financeiro que realçou, estabelecendo um paralelo entre o que ‘herdou’ e o que hoje diz estra garantido, foi “em 2013 o orçamento global e real do município foi de 18 milhões de euros, o excesso de endividamento era superior aos 15 milhões de euros e, há data, a dívida global ultrapassava os 54 milhões de euros”, enquanto “hoje a nossa dívida global é de 14,4 milhões de euros, não temos pagamentos em atraso. Nem dívida a fornecedores e o orçamento real e global ronda os 53 milhões de euros. Houve uma inversão total”, conclui.

Depois fez alusão ao vídeo reproduzido no início da sessão para reafirmar que “11 anos depois, Santa Cruz entra definitivamente nos grandes investimentos e projectos estruturantes”.

Confiante que a governação JPP está a mudar o concelho numa trajectória de modernidade e qualidade concluiu: “Podem fazer a ginástica que quiserem, as denúncias que conseguirem, os chumbos sucessivos e orçamentos e programas, mas uma coisa não podem apagar: fomos nós, foi esta equipa, foi este povo que teve a coragem de mudar que conquistou o que antes não existia”.

Aproveitou a longa intervenção para também dar nota que está a ser preparado procedimento concursal para preenchimento de 28 novas vagas no mapa de pessoal.

Por último, não deixou de registar que o JPP é “a prova viva de que a alternância democrática não só é salutar, como é possível e positiva”. Prova disso é que “num tempo em que o poder instalado há décadas na Região tenta passar a mensagem que só o PSD é capaz de governar e que sem eles será o caos, olhem, para Santa Cruz e vejam o que aqui se conseguiu”, acrescentou. “Olhem para este povo que soube escolher diferente e mudar, olhem para este território que não teve medo e que pensou pela sua cabeça. Santa Cruz é hoje exemplo de que a democracia a funcionar é o melhor caminho para mudanças profundas e para o derrubar de vícios e clientelas instaladas”, concretizou.