DNOTICIAS.PT
Madeira

“Mais grave é quando se promete sabendo que não se consegue cumprir”

Paulo Alves, deputado municipal do JPP na Sessão Solene do Dia do Concelho

None

Coube a Paulo Alves intervir pela bancada do JPP. Começou por “elogiar os trabalhos das 5 juntas de freguesia do Concelho”, por reconhecer que “não é fácil trabalhar quase sem recursos humanos, trabalhar com mais competências deste 2013 - mas que não foram acompanhadas pelo respectivo suporte ou pacote financeiro por parte do Estado por via do Fundo de Financiamento de Freguesias – o que, no fundo, é fazer muito, com pouco dinheiro e poucos recursos humanos e materiais”, começou por apontar o também presidente da Junta de Freguesia de Santa Cruz.

Sobre o trabalho autárquico na gestão do JPP, “começou em 2013 sem dinheiro, com a ajuda das juntas e foi consolidando e equilibrando financeiramente as suas contas. Tem trabalho feito e que é visível e vai continuar a fazer. Vai continuar a sua política de proximidade porque é a melhor forma de se conhecer os verdadeiros problemas das pessoas e procurar a sua solução. Não se conhece os reais problemas do Povo trabalhando dentro de um gabinete! A realidade social, os problemas sociais, estão nas ruas, mas casas das pessoas, nos espaços onde as pessoas trabalham, circulam e vivem. Quem governa tem de conhecer essa realidade… os reais problemas para os conseguir resolver”, declarou.

E por reconhecer que “governar implica tomar opções. E quem as toma tem de estar consciente que essas opções fazem sentido quando têm bem base a busca de soluções para os problemas sociais, económicos e financeiros que afectam as famílias, as empresas e instituições e/ou entidades”.

O também deputado no Parlamento Regional não deixou de criticar quem promete sabendo que não poderá cumprir.

“Mais grave é quando se promete sabendo que não se consegue cumprir! Engana-se as pessoas de propósito, ilude-se as pessoas com um propósito de defender interesses pessoais e de grupos económicos preferidos. Veja-se o que se tem passado na actualidade política regional, quando se manipula a opinião pública por via da utilização de elementos responsáveis por entidades públicas e privadas, responsáveis por instituições de saúde, desportivas, sindicais e até, religiosas. Vale tudo para manipular a opinião das pessoas e lançar o medo!”, acusou.

“Na política não vale tudo! A coerência nas palavras…. A coerência entre o que se diz e o que se faz… a honestidade e a transparência, o rigor e o respeito pelo ‘adversário político’, devem fazer parte da actividade política, em todos os sectores da governação… porque quando se governa não se é governante para priorizar alguns (os preferidos do partido ou amigos) em detrimento dos demais”, acrescentou, a propósito do que tem vindo a acontecer na actualidade politica.

“O que temos visto ultimamente são políticos a lançar o medo entre as pessoas, principalmente na área da Saúde”, denunciou. Acusou Pedro Ramos de ter “um comportamento que não é digno de alguém que tem a responsabilidade de governar para o Povo e sem quaisquer preferências politicas ou partidárias”, apontando alguns exemplos.

Aproveitou a cerimónia solene para tecer um rol de críticas ao Governo e reclamar que “há anos que a escola do 1º ciclo de Santa Cruz reivindica a cobertura do polidesportivo”