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Madeira

PS aponta oito questões e reclama “uma democracia sem medo e sem favorecimentos”

Leonilde Cassiano, deputada municipal do PS na Sessão Solene do Dia do Concelho de Santa Cruz

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Por entender que “os aniversários são, por vezes, uma boa ocasião para avaliar as coisas feitas e as que ainda estão por concretizar”, Leonilde Cassiano, deputada municipal do PS, aproveitou o ‘tempo de antena’ que prevalece aos partidos com assento na Assembleia Municipal para apresentar a “contabilidade” dos socialistas, que em jeito de balanço, entende constituir “uma boa prática e encerra em si mesma a prova de responsabilidade e ética e o dever de prestação de contas”.

Desde logo para concluir ser “fundamental que reflictamos sobre as questões que ainda precisam ser resolvidas”, assente no “dever de questionar se as políticas estão realmente adequadas e se dão a devida resposta às necessidades e expectativas” da população.

A autarca socialista aproveitou os 5 minutos concedidos para formular oito questões: “Foram criados investimentos em equipamentos e em instalações desportivas? Foram valorizadas as entidades e agentes desportivos do Concelho? Foram criadas estratégias para impulsionar o aumento da taxa de Natalidade no nosso Concelho? Foram desenvolvidas estratégias para habitação tornando o direito á habitação uma realidade para as famílias do concelho? Foram criados e desenvolvidos programas de apoio aos jovens, nomeadamente no que diz respeito ao arrendamento para que os filhos de Santa Cruz possam residir e constituir família na sua terra? Foram desenvolvidas políticas para captação de investimento privado capaz de gerar emprego e riqueza no Concelho? Foram criadas políticas para inovar nas áreas da agricultura, comércio e indústria, bem como dinamização da economia local? Foram proporcionadas condições às empresas para se tornarem mais competitivas no nosso concelho?”, foram as interrogações apresentadas, a que juntou o desafio das mesmas serem “respondidas com clareza por parte do executivo camarário”.

Justifica que isso “significaria perceber o grau de concretização, mas também dar conta do que falta concretizar e até da amplitude da nossa ambição. E esse é também um dever de quem governa”, rematou.

Por entender que “estamos longe de fazermos o melhor e o suficiente é pouco, muito pouco para as necessidades” dos santa-cruzenses, Leonilde Cassiano não tem dúvidas que “é possível melhorar a vida dos santa-cruzenses”. Nomeadamente através de “uma economia que promova mais crescimento, com mais produtividade, com mais inclusão, com mais justiça social, com mais habitação, com mais igualdade, com mais trabalho digno e bem remunerado para todas e para todos”, defendeu.

O mesmo em relação à transparência: “Temos de ser transparentes e coerentes sem pretender agradar a todos; Temos de ser claros e transparentes assumindo as prioridades que são mais necessárias neste momento, para e pelo desenvolvimento, pelos que mais necessitam, pela classe média, por todos, por uma Santa Cruz inteira, não deixando nunca, ninguém para trás”, reclamou.

Tempo ainda para afirmar que “nunca como agora foi tão fundamental a defesa de uma democracia de direito pleno. Uma democracia que vai além do direito ao voto livre dos cidadãos. Uma democracia que consagra o direito a pensar diferente,…a expressar de forma livre o que se defende,…uma democracia assente na liberdade individual de escolher sem ser sujeito a pressões,…a manipulações ou a encenações.

Uma democracia onde não existam telefonemas para amigos ou companheiros de partido com benesses em troca de votos. Uma democracia sem medo e sem favorecimentos”, apontou.

Tempo ainda para apontar que “falta-nos muito para atingir um nível de satisfação e sucesso”, e concluir que “o sucesso e a satisfação da Autarquia será medido pelo sucesso e satisfação do povo”, disse.