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Governo Regional Madeira

Cafôfo acusa PSD e Chega de estarem a “atirar areia para os olhos dos madeirenses”

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O presidente do PS-Madeira acusou, hoje, o PSD e o Chega de estarem a "atirar areia para os olhos dos madeirenses", considerando que o PSD e Albuquerque recorrem à "vitimização", ao passo que "o caos e o populismo que estão a ser lançados pelo Chega".

Em conferência de imprensa realizada esta tarde, Paulo Cafôfo deu disse que "a vitimização começou em Fevereiro, quando o PSD retirou o Orçamento, impossibilitando a sua discussão e aprovação".

“A Madeira está a viver com o orçamento de 2023 e poderia já ter o Orçamento de 2024, mas isso não foi uma realidade porque se tentou, dessa forma, pressionar o Presidente da República a não dissolver a Assembleia Regional, para não haver eleições antecipadas”, argumentou.

O líder socialista salienta ainda a "chantagem" e "tentativa de autossabotagem que está a ser feita pelo PSD e pelo Governo Regional, com as notícias que dão conta da não adjudicação de obras e cancelamento de eventos". "Tudo com vista a criar o medo e daí retirar dividendos político-partidários", sustenta.

O PS “não admite que se brinque com a vida dos madeirenses, nem que se esteja a mentir ou a criar factos para dizer que a Madeira poderá não ter um Orçamento para 2024 aprovado”, evidenciou.

Cafôfo nota que "a Região continua a ser governada com base no Orçamento de 2023, em duodécimos, sendo que, de acordo com o boletim de execução orçamental, mesmo com um Governo em gestão, até ao final do mês de Abril, a despesa corrente aumentou 32 milhões de euros e a despesa efetiva consolidada cresceu 20 milhões de euros, comparativamente ao mesmo período do ano passado".

“Os dados do próprio Governo demonstram que, mesmo não havendo um Orçamento de 2024, gastou-se mais este ano do que o Governo do mesmo partido, com o mesmo presidente, em igual período de 2023, em circunstâncias normais”, especificou Paulo Cafôfo, dando conta também que a receita efectiva aumentou 106 milhões de euros“.

Os socialistas admitem que, "do ponto de vista financeiro,  não há aqui qualquer problema".

"O facto de estarmos a ser governados com o orçamento de 2023, por única e exclusiva responsabilidade de Miguel Albuquerque e do PSD, não inviabiliza que tenhamos mais despesa e mais receita”, afirmou.

As críticas dos socialistas estendem-se ao Chega, que segundo dizem recorre às “fintas”, “diz e desdiz” e “alimenta-se do caos”. “À entrada para uma reunião dizem uma coisa e à saída da mesma reunião já dizem outra, com o objectivo claro de alimentar o populismo", sustentou o líder do PS-Madeira.

Paulo Cafôfo realçou igualmente que" Miguel Albuquerque garantiu que tinha condições para ser indigitado como presidente do Governo e para aprovar a moção de confiança no Parlamento, e que Miguel Castro disse publicamente que não seria pelo Chega que não teríamos um Governo Regional".

Perante todos estes acontecimentos, considerou que “o PSD e o Chega são farinha do mesmo saco” e “estão a prejudicar a Madeira com estes jogos políticos, ao passo que o PS tem adotado uma postura de seriedade e responsabilidade".

Cafôfo disse ainda que as negociações promovidas com os partidos “servem para reforçar a vitimização de Miguel Albuquerque, que está entrincheirado, e para reforçar a política do caos e populista do Chega”.

“O PS sempre disse, desde a primeira hora, que não tem confiança no PSD e em Miguel Albuquerque e, portanto, não vamos estar a mudar a nossa posição, quando, convictamente, achamos que não devemos contribuir para esta novela de má qualidade”, rematou.