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Fact Check Madeira

Madeirenses valorizam mais do que criticam o Festival do Atlântico?

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O Festival Piromusical, há muito incluído no Festival do Atlântico, nasceu há 22 anos e, desde então – 2002 - tem havido algo constante: a mistura de críticas com elogios. Isso voltou a ser uma realidade na edição deste ano, que finalizou no último sábado com o desempenho da Macedo’s Pitotecnia. Mas, a valorização do evento, enquanto espectáculo e dinamizador económico, sobrepõe-se às críticas ligadas à qualidade e aos factores ambientais?

A não realização de um estudo socioeconómico aprofundado sobre o assunto impede-nos de responder com certezas científicas à questão. No entanto, é possível fazer uma aproximação à realidade. Para isso, vamo-nos socorrer dos comentários dos internautas deixados na página oficial do Facebook do DIÁRIO, às notícias sobre os espectáculos piromusicais do Festival deste ano, realizados nos primeiros quatro sábados de Junho, no Funchal.

Antes de analisarmos a questão do ponto de vista quantitativo, fá-lo-emos na perspectiva qualitativa. Comecemos pelo espectáculo do último fim-de-semana.

Até ao final da manhã de hoje, a notícia com o título ‘ Madedo’s Pirotecnia deu espectáculo’ suscitou, essencialmente, comentários elogiosos. A maior parte dos comentadores elogiou o fogo, propriamente dito, mas deixou críticas ao sistema de som que, ao que afirmam, foi mau.

Alguns dos comentários deixados tentaram ligar o espactáluo à situação política actual, havendo, igualmente, quem se tenha queixado da falta de civismo dos espectadores que, chegando tarde, se colocam à frente das demais pessoas. Algo por que também responsabilizam a organização.

À notícia publicada no dia 15 de Junho, com o título ‘Festival do Atlântico volta a encantar milhares de pessoas’, foram feitos vários comentários alertando para questões ambientais e de bem-estar animal, mas também de elogio ao espectáculo propriamente dito.

Uma semana antes, a 8 de Junho, outro espactáculo originou uma outra notícia e mais comentários. ‘Mais um belo espectáculo no Festival do Atlântico’. Uma vez mais, os comentários elogiosos suplantaram os críticos, mas também os houve, estes, sobre a opção política e sobre as consequências ambientais.

O primeiro espectáculo, realizado a 1 de Junho, deu origem à notícia ‘Itália fez viagem pelas emoções nos céus do Funchal’. Houve mais elogios do que críticas, mas não foram tão entusiasmados como os dos sábados seguintes, com destaque para o último, do dia 22 de Junho.

Vejamos, agora, o que nos revela a análise quantitativa.

Nas notícias dos quatro espectáculos, três a concurso mais o da Macedo’s Pirotecnica, foram registadas 1.225 reacções, distribuídas entre ‘Gosto’ e ‘Adoro’, apenas.

Aos mesmos textos foram feitos 62 comentários, sendo, destes, 18 negativos.

Houve, ainda, 102 partilhas.

A análise qualitativa permite-nos verificar que, entre quem, de alguma forma, se manifesta no Facebook do DIÁRIO sobre o festival do Atlântico, apenas 1,3% das pessoas criticam o evento.

Como se constata, pelas duas análises efectuadas, a opinião positiva e a favor do Festival do Atlântico é bastante predominante, quando comparada com a se quem a ele se opõe. E, nesta análise, não foram consideradas as opiniões institucionais, nomeadamente, dos agentes económicos ligados ao turismo.

Por tudo o que foi dito, consideramos verdadeira a frase que afirma haver mais gente a gostar do Festival Piromusical do que dele a dizer mal e/ou a querer que acabe.

Há mais gente a gostar do Festival Piromusical do que a dizer mal e a querer que acabe – síntese de alguns comentários nas redes sociais