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Madeira

Viver no Porto Santo é motivo de orgulho

Quem o diz são os deputados municipais do Porto Santo, que, ainda assim, tecem reparos à governação

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A primeira intervenção na Sessão Solene do Dia do Concelho do Porto Santo coube a Francisco Abreu, deputado municipal pelo Movimento Uma Nova Esperança, que entre elogios e reparos garantiu ser “oposição responsável”. Começou por aplaudir a construção da nova Unidade de Saúde Local, que diz ser “a obra do século para o Porto Santo”; bem como a uva mais cara de Portugal, que é a do Porto Santo.

Quanto às críticas, apelou ao compromisso do executivo camarário para a construção de um infantário no Porto Santo.  “Como se justifica que alguns pais estejam desesperados sem saber se têm vagas para as suas crianças?”, questionou. Pediu, ainda, a Nuno Batista, que “corrija os erros do passado” e “devolva o Parque da Cidade à população do Porto Santo”, considerando o novo Parque Urbano uma “desilusão”.

Hugo Nóbrega, deputado independente, lembrou que “o Porto Santo não é um simples concelho da Madeira, é uma ilha habitada, com todas as necessidades de uma qualquer cidade portuguesa”. “No Inverno somos quase esquecidos. Em Janeiro somos abandonados. Nós também somos Portugal, nós também somos Madeira”, lamentou.

Mencionando a nova Unidade de Saúde Local, afirmou que: “Não precisamos de um Centro de Saúde só com paredes, precisamos de pessoas formadas”, e referiu, também, outro problema que preocupa actualmente os porto-santenses, nomeadamente o escaravelho da palmeira, que “está completamente descontrolado”. “O Porto Santo sem palmeira será uma catástrofe”, exalta.

O deputado independente pede, então, diálogo e consenso. “Os políticos eleitos têm a obrigação de criar condições dignas, justas e equilibrada para a sociedade. É fundamental resolver os problemas crónicos do Porto Santo de uma vez por todas”, pelo que, “está na hora de melhorar a capacidade de diálogo e governar para o povo”.

Ana Maria Dias, deputada municipal do Partido Socialista pediu mais autonomia. “Vivemos numa Região Autónoma, onde somos o único concelho-ilha, e por via disso deveríamos ter muito mais autonomia”, afiança, para complementar que “não podem estar os sucessivos Governo Regionais a reclamar mais autonomia para a Região, quando, na verdade, não atribuem essa mesma autonomia ao concelho do Porto Santo”. Diz mesmo que “é preciso coragem para dar esse passo”, até porque “não pode haver instituições que fazem parte directa ou indirecta do Governo Regional que têm tanta ou mais autonomia que a própria autarquia do Porto Santo”.

Se queremos transformação e renovação há uma forma de poder incentivar novas pessoas a participar na política. É sermos humildes, assumirmos os nossos erros, termos capacidade de pedir perdão a quem temos de pedir perdão. Corrigirmos e seguirmos em frente, em vez de nos desresponsabilizarmos e passarmos a culpa sempre para os outros. Isso não resulta. Ana Maria Dias, deputada municipal do PS

André Velosa, deputado municipal da maioria ‘Acredita Porto Santo’, coligação PSD/CDS, referiu conquistas alcançadas – como os investimentos nos Bairros Comerciais Digitais, a recuperação de escolas do concelho e a redução fiscal, bem como a “resolução das dívidas herdadas” - para apelar à continuação do trabalho que vem sendo desenvolvido.

O projecto político da coligação PSD/CDS, estruturada e liderada pelo presidente da Câmara e sua equipa, desde a primeira hora tem cumprido o seu compromisso político, colocando em prática os dossiês que se propuseram concretizar. A coligação é, acima de tudo, pelo Porto Santo, em prol de um presente e futuro próspero para as suas gentes. Contrariando as demagogias populistas, separando o trigo do joio. André Velosa, deputado municipal da 'Acredita Porto Santo'