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Madeira

“O pior numa democracia é não se perceber os ‘timings’”

Presidente do Governo aproveita Sessão Solene do Dia do Concelho do Porto Santo para fazer paralelismos com a situação regional

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Miguel Albuquerque pegou nas intervenções de quem o precedeu, na Sessão Solene do Dia do Concelho do Porto Santo, esta segunda-feira, para concluir que “o Município tem funcionado como uma democracia deve funcionar”. Com isto queria dizer que “há uma linha que foi sufragada, mas essa linha estratégica não contém verdades absolutas e há sempre contributos activos e positivos das forças da oposição”.

Puxando para a realidade regional, onde esta tarde começa a ronda negocial com os partidos com assento parlamentar para que se consiga aprovar o Programa de Governo, o líder do Executivo considera que o que “toda a gente espera de uma democracia madura” é esta capacidade de entendimento, e de discernimento dos ‘timings’.

Há um período eleitoral, onde se faz campanha. Depois, uma vez que o povo emita o seu juízo através do voto, há resultados que correspondem à vontade do povo. As forças políticas têm de entender a vontade da população e ter a capacidade de perceber que têm, no quadro parlamentar, de apresentar as suas propostas para os interesses colectivos. O pior de uma democracia é não perceber os ‘timings’, e não perceber que os bloqueios prejudicam os interesses da população que representamos, e que é uma ‘via verde’ para as forças demagógicas mais radicais, que querem dar cabo das instituições democráticas. Miguel Albuquerque, presidente do Governo Regional

Importa, então, “continuar o caminho de diálogo e aguardarmos que prevaleça o bom senso”, até porque “o que menos interessa à população é entrarmos num clima polarizado e radicalizado”.

“Ele veio dizer que estava ali”, diz Albuquerque em relação a Manuel António

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Sofia Carraca Teixeira , 24 Junho 2024 - 11:46

Trabalho de cooperação no Porto Santo

“O caminho que temos encontrado para o trabalho no Porto Santo é de cooperação, de juntarmos esforços para responder aos interesses da população”, esclareceu Miguel Albuquerque. Destacou alguns dos compromissos cumpridos, como o prolongamento do subsídio de mobilidade, que permitiu o combate à sazonalidade; a construção da Unidade de Saúde Local e agregação de uma Unidade de Cuidados Continuados; a construção das centrais de baterias.

Relativamente à habitação, lembrou que estão a ser construídos 30 fogos pela IHM, mas, sendo que 80 pessoas mostraram interesse nestas habitações, deixou a garantia de serem estudados outros projectos para o futuro.

Para o futuro também, afirma ser compromisso no Programa do Governo a introdução do subsídio de insularidade para os trabalhadores da administração pública no Porto Santo, para incentivar a fixação de profissionais na ilha, sobretudo nas áreas da Saúde e também da Educação.

Em relação ao turismo, Miguel Albuquerque lembra a importância de ser uma área tratada de “forma sustentável, para manter o turismo dentro da escala que interessa à população”, vocacionada para a qualidade e não para as massas. “Não podemos ter hotéis massificados de grande escala que vêm pôr em causa o equilíbrio populacional”, atesta.

Por fim, em jeito de ironia, deixou um recado à República: “Dizer aos serviços centrais do Estado para estou disponível para emprestar uma lata de tinta para pintar a parede do Tribunal”.