Balanço de bombardeamentos em Gaza varia entre 24 a 52 mortos
O número de mortes após bombardeamentos registados hoje contra um campo de refugiados na cidade de Gaza e arredores continua a ser contabilizado, existindo várias fontes a avançar com balanços diferentes, entre 24 a 52 pessoas mortas.
De acordo com o gabinete de imprensa do Governo de Gaza, os bombardeamentos, atribuídos a Israel, tiveram lugar no bairro de al-Tufa, no campo de refugiados de al-Shati, onde um quarteirão inteiro foi completamente destruído, e no bairro de al-Zaitun.
Segundo a agência France-Presse (AFP), fontes médicas palestinianas anunciaram 24 mortes nos ataques aéreos israelitas hoje na cidade de Gaza.
No intensificar dos combates entre o exército israelita e o movimento islâmico Hamas, pelo menos 20 pessoas foram mortas e várias outras ficaram feridas num ataque aéreo a uma casa no bairro de al-Tufa, informou à AFP o porta-voz da Defesa Civil de Gaza, Mahmoud Basal, referindo que outras quatro pessoas foram mortas num ataque no campo de refugiados de al-Shati.
O médico Mahmoud Aliwa, do Hospital al-Ahli, confirmou que 24 corpos foram transferidos para o estabelecimento hospitalar.
À agência de notícias Associated Press (AP), autoridades palestinianas e hospitalares apontam para, pelo menos, 39 pessoas mortas nos ataques israelitas que ocorreram hoje no norte de Gaza, enquanto as equipas de resgate lutam para encontrar sobreviventes sob os escombros.
Fadel Naem, diretor do Hospital al-Ahli, na cidade de Gaza, disse à AP que mais de três dezenas de corpos chegaram ao hospital.
Outro dos balanços é da Europa Press, que avançou com, pelo menos, 52 mortos nos dois bombardeamentos contra um campo de refugiados na cidade de Gaza e arredores, citando autoridades do enclave palestiniano controlado pelo grupo islamita Hamas.
Pouco antes dos ataques, as Forças de Defesa de Israel (FDI) confirmaram duas investidas contra "duas posições do Hamas" na cidade de Gaza, sem dar mais pormenores, embora fontes de segurança tenham indicado aos meios de comunicação israelitas que entre os alvos estaria um dos elementos mais proeminentes do Hamas, o seu chefe de operações, Raad Saad.
Segundo o Times of Israel, Saad foi alvo de um ataque do exército israelita ao hospital Al Shifa, na cidade de Gaza, em março, mas os militares não encontraram vestígios dele.
O último balanço dos palestinianos mortos pela ofensiva do exército israelita, publicado antes dos ataques, mostra que pelo menos 101 palestinianos foram mortos e 169 feridos pelos bombardeamentos israelitas nas últimas 24 horas, o número mais elevado num só dia desde o ataque aéreo israelita em Nuseirat, durante uma operação de libertação de reféns, que matou cerca de 280 pessoas.
Na sexta-feira, um tiroteio de "alto calibre" perto da sede do Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) provocou "um afluxo maciço de vítimas ao hospital de campanha" deste organismo, que "recebeu 22 mortos e 45 feridos", declarou o CICV.
O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, condenou hoje o ataque mortal e apelou a um "inquérito independente".
O conflito em curso na Faixa de Gaza foi desencadeado pelo ataque do grupo islamita palestiniano Hamas em solo israelita a 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.
Desde então, Telavive lançou uma ofensiva na Faixa de Gaza que até ao momento provocou mais de 37 mil mortos e mais de 85 mil feridos, de acordo com as autoridades do enclave palestiniano, controladas pelo Hamas desde 2007.